Hoje começa na Turquia o processo contra 7 homens que estão envolvidos na tortura e assassínio de três cristãos, a quem cortaram a garganta num assalto à editora evangélica a 18 de Abril de 2006.
Segundo refere a imprensa internacional, há indícios de que a justiça turca terá compaixão para com os assassinos porque o acto que praticaram foi contra missionários cristãos e a Turquia, que é 99% islâmica, vê nos cristãos uma ameaça contra o patriotismo turco.
A presença de Cristãos na Turquia é, por si mesma, uma provocação, como se pode ver na queixa apresentada em que se diz que os criminosos se sentiam “provocados” pela presença dos missionários.
O presumido assassino Günaydin nomeou como próxima vítima o pastor protestante Wolfgang Häde. Na Turquia é cultivada a suspeita contra cristãos. Eles têm um número especial, no Bilhete de Identidade, que os identifica como tais.
A fidelidade ao Corão e nacionalismo exacerbado na sociedade turca impedem a tolerância.
O problema não está apenas no parágrafo 301 da defesa do “Turquismo” mas, sobretudo, na interpretação antidemocrática das mesmas por juízes e Ministério Público. Não chegam leis para proteger minorias contra o ódio.
Os países islâmicos, em geral, cultivam a intolerância contra outras religiões. Como partem do princípio de que o Ocidente é terra “sem Deus” e, por outro lado, a política ocidental só interessada no negócio, se mostra indiferente quanto ao que se faz contra os cristãos, arrogam-se o direito duma política de expansão nos países não islâmicos, impedindo a sua expressão internamente.
A sociedade política manifesta uma atitude hipócrita. O pior é que com essa hipocrisia impede as forças democráticas islâmicas fomentando assim o fascismo religioso entre nós.
António Justo