HISTERIAS CLIMÁTICAS

A Destruição climática através de Guerras e Manobras militares não fazem parte da Agenda

A emergência climática é um desafio significativo para a humanidade, como se depreende do amplo consenso científico! É observável o aumento das temperaturas globais com a consequente liquefacção e aumento do nível do mar. O fomento de fontes de energia renovável, como solar e eólica, hidrogénio, e redução das emissões de gases de efeito estufa revelam-se cada vez mais eficientes.

A conservação e restauração de ecossistemas naturais fazem parte de uma acção global coordenada como revela o Acordo de Paris.

O climatologista Mike Hulme, professor da Universidade de Cambridge, na sua obra “As alterações climáticas não são tudo” chama a atenção para o abuso do “climatismo” e que o acentuar da emergência climática é uma “nobre mentira”.  Ele reconhece a influência humana no clima, mas que não justifica o alarido político dos governantes porque não está convencido “de que a mitigação das alterações climáticas seja o parâmetro mais importante contra o qual todas as medidas políticas devem ser medidas”.

De facto, o exagero ou unilateralidade na apresentação de problemas cruciais pode levar a histerias de grupos e a sentimentos de pânico, medo e retraimento. Fomenta também a depressão, a fixação e a dependência de uma opinião publicada com tanta veemência que chega a criar má consciência individual. Um discurso alarmista em torno da emergência climática pode tornar-se cansativo e até desmotivante devido a encenações a que falta o equilíbrio, chegando a tornar-se numa certa impertinência do público; também a utilização absorvente em todos os meios de comunicação social, na arte e recreio revela abuso transtornante (já não se pode ver um filme sobre a natureza em paz, sem que haja alguma alusão problemática de caracter educador). É verdade que há dados científicos sólidos como se verifica nos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) a alertar para a gravidade da questão climática, mas nem tanto ao mar nem tanto à terra! As narrativas atuais parecem querer remover do público a alegria e a vontade de viver!

Não parece ser crucial a destruição climática através de guerras e de manobras militares, de que não se fala? A operação “Air Defender” de 2023 com 250 aeronaves e cerca de 10.000 soldados de 25 países e a operação “Steadfast Defender” da Nato iniciada a 27 de janeiro e que envolve 90.000 soldados iniciados durante seis meses parecem não produzir poluição, mas em contrapartida as mentes dos cidadãos devem ser poluídas no sentido do agir político-militar.

Partidos assenhoreiam-se da temática e levam assim as águas da opinião pública aos seus moinhos! É assustadora o vigor como Davos determina com demasiada insistência a importância de temas que devem impregnar os media e desse modo a opinião das populações.

A urgência de uma situação não justifica alarmismos criadores de medos irracionais que paralisam ao criar-se um cenário de desespero e situação sem esperança. Também a greve global pelo clima liderada por jovens ativistas tem os seus efeitos positivos e negativos; um efeito social negativo nota-se no caracter dirigista que estes e outros temas assumem no mundo ocidental de maneira a dominarem a opinião pública como se fossem campanhas de educação popular.

Assim evita-se lidar com problemas imediatos e urgentes e outros também sociais que podem ter implicações políticas negativas. Questões crucias como guerra, pobreza, desigualdade, acesso à saúde, educação e justiça social parecem passar desapercebidos à consciência social devido a tanta insistência pública como clima, temas do movimento woke, etc. Nota-se falta de responsabilidade e de transparência nos líderes políticos.

 

Antonio da Cunha Duarte  Justo

Pegadas do Tempo