PORTUGAL FECHA 900 ESCOLAS BÁSICAS


Política discriminadora das Regiões do Interior

António Justo

A partir do próximo ano lectivo (Setembro) 500 escolas da primária serão abatidas por este governo. Depois seguem-se as outras, disse a ministra da Educação e o Conselho de Ministros aprovou.

O objectivo é encerrar escolas primárias (básicas) com menos de 21 alunos, distribuídas por essas aldeias de Portugal. E isto é apregoado descaradamente sob o rótulo de qualidade. Isto corresponde a 3,5% ou seja, segundo a ministra 400 mil crianças, a quem se fecha a porta e obriga a percorrer grandes distâncias, para assistir às aulas. O que se não diz é que isto faz parte duma política interessada em desertificar o interior e obrigar as pessoas abandonar as aldeias para vir aumentar os arrabaldes degradados das cidades do litoral. O povo aquartelado em grandes centros torna-se mais dócil e aberto a ideologias partidárias. O desenraizamento fomenta o medo e este faz muito jeito no exercício do poder.

A ministra esconde-se por detrás das estatísticas. Para uma classe política para quem o que conta é o cifrão fácil, trata-se apenas de números e não de pessoas. À destruição das maternidades no interior seguem-se agora as escolas. Basta-lhes as cidades. O resto que fique para os espanhóis. Talvez, um dia volte a Igreja com escolas para se colocar ao lado do povo! …

É de lamentar que as autarquias, que, por vocação, estão mais perto do povo, aceitem, sem mais, tal resolução e o povo se lamente, à maneira árabe, mas sem sair sequer para a rua. Naturalmente que, para os interesses da classe, o que importa não é o povo nem as regiões mas as estatísticas e os grandes ventres dos boys dos ministérios e seus camaradas a alimentar. Como o número é que vale e este vive nas cidades, o povo da província, a nível de número, não conta nem risca; a nível de pessoa menos ainda; para os meninos de Lisboa e das suas instituições, humanismo só embaralha o seu progresso e, como renegaram a província e seus pais, preservar as ecologias naturais, isso só significaria regresso para eles. É realmente perigoso este ódio à província pelos provincianos da elite.

Quanto às instituições onde acolhem os seus boys, essas não as reduzem, nem lhes tocam: número de deputados, assessores, gestores públicos, institutos políticos, instituições públicas, conselheiros de embaixada. O que ganha um só conselheiro de embaixada, daria para manter três dessas escolas a serem extintas.…

A renúncia à construção da supérflua auto-estrada A 32 (com trajecto paralelo a outras duas ao lado) e seus consequentes custos de manutenção disporia um fundo de meneio para defesa do interior.

Uma racionalização administrativa das freguesias (4.200), distritos e outras mordomias seria mais produtiva e contribuiria para o fomento dum estado moderno e responsável com menos dívidas.

O que gastam, por má administração, daria para tornar luxuosas todas as escolas das aldeias e muitos possíveis projectos de fomento da província. Um Estado responsável por todo o país desenvolveria políticas de fomento e de defesa das zonas do interior, tal como faz, por exemplo, a Alemanha. As zonas desfavorecidas deveriam receber transferências das zonas mais desenvolvidas e não o contrário.

Uma falta de política de defesa das regiões do interior e a má administração do Estado conduzem à discriminação das populações do interior e ao êxodo para o estrangeiro e para o litoral. Desertificam culturalmente o interior e poluem espiritualmente as cidades. A isto chamam progresso e racionalização de recursos.

Em resumo: esta é mais uma medida contra a terra e contra a família, uma medida a favor das concentrações e da ideologia. Valha-nos Deus. Uma ministra a executar política machista! Onde já chegou a emancipação tipo macho da mulher! Destroem o interior para poderem gastar em Lisboa. Acabam com os vestígios escolares que Salazar deixou. Não querem saber ligado à terra, porque esta é feminina, querem-no ligado à ideologia macho que é desenraizada.

A idiotia política chega a admirar-se dos corruptos árabes sem notar a sua própria corrupção e a sua selvajaria na destruição do interior e da cultura em geral.

António da cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com


SUDÃO DIVIDIDO EM DOIS ESTADOS

Sul do Sudão mantido sob a Estratégia árabe da Guerrilha


António Justo

As ameaças, do governo islâmico de Cartum, de perseguirem os cristãos que vivem no norte do país (1,5 milhões de cristãos) caso o sul cristão (3.500 milhões de cristãos) se declarasse pela independência, não sortiram efeito. Os resultados do referendo com 99% de votos a favor da independência corresponderam às previsões. A consequência do referendo do povo da zona sul do Sudão será a divisão do país em dois estados. O pacto de paz de 2005 previa o referendo. O conflito entre norte e sul começou em 1983 quando o norte, de maioria muçulmana, impôs ao sul, cristão e de tradições africanas, a lei islâmica bárbara da charia. O conflito provocou dois milhões de mortos e milhões de refugiados.


O norte muçulmano já tinha ameaçado, no caso da separação, tirar os direitos civis e as possibilidades de rendimento aos cristãos do Norte.


“O Sul, com 8 milhões de habitantes, só tem um hospital que mereça este nome”, diz Hans-Peter Hecking, referente de Missio, depois duma visita à região. “Fora de Juba (sede do governo autónomo) não há um prédio público nem uma Igreja que se encontre intactos”.

O sul de cultura africana e cristã e o norte de cultura árabe e muçulmana não encontram a paz dado o Norte discriminar e explorar o Sul. O Norte não desistirá de impor a cultura árabe ao sul.


Organizações religiosas temendo que se origine um segundo Ruanda, alertaram as Nações Unidas e as organizações internacionais para a gravidade da situação. As igrejas cristãs tinham distribuído por todo o país uma oração apelando à paz e à coexistência no Sudão.


O mundo não pode continuar a fechar os olhos como tem feito até agora, quando se trata de pessoas africanas a serem sacrificadas ao terror de estados e grupos ou de sangue africano a correr.



Solução à maneira árabe não é solução

A declaração da independência do sul do Sudão está prevista para 9 de Julho. É previsível que aconteça no sul do Sudão, o que aconteceu com a criação do Estado de Israel. Os estados árabes estiveram de acordo com a sua criação e um dia depois da proclamação do Estado declararam-lhe guerra!


O Sudão árabe, ao impedir o plebiscito nalgumas regiões do sul, criou já condições e pretextos para continuar a sua estratégia de guerrilha no sul.


A consequência lógica será a guerra civil apoiada por grupos árabes do estrangeiro. O Norte que explorou o sul como fonte de matérias-primas e de escravos durante centenas de anos, quer continuar a impor a sua hegemonia muçulmana ao Sul.


Embora o Sul seja rico em água e em petróleo, metade da população vive de menos de um dólar por dia; a quota de analfabetismo atinge os 80% com a maior mortalidade de mães no mundo.


Fugitivos e refugiados, que regressam de mãos vazias ao sul, não recebem nenhum apoio do Estado.


Restam imensos problemas por resolver: a repartição da dívida externa do Sudão de 37 mil milhões de dólares, que correspondem às entradas do fomento do petróleo com os seu poços no sul; o problema dos pipelines que levam o petróleo para o Norte, donde é exportado; o plebiscito impedido na região sul rica em petróleo Abyei, Nilo Azul e Southern Kondofan e adiado para um prazo indefinido.

O caminho da liberdade do Sul é muito difícil atendendo à situação, à hipocrisia ocidental e à má informação dos defensores da liberdade na Europa e no mundo.


É interessante constatar como o mundo é injusto na sua política de informação e como esta é tendenciosa na reacção a querer provocar. Nesta zona onde morreram mais de dois milhões de africanos, tal como já aconteceu noutras zonas africanas, o mundo assiste sem se admirar de tal. Para o Ocidente o sangue de mil sérvios e cosovares na Europa revelou-se mais importante que o de milhões de africanos, deitados ao abandono! A África continua o continente a explorar, por capitalismo e comunismo, por árabes, chineses, ocidentais e orientais. São a factura a pagar pelo petróleo do mundo árabe. Como se o sangue da áfrica negra não fosse igual ao dos brancos!


O sul do Sudão, na sua miséria, só é ajudado por organizações humanitárias. Seria importante que paróquias e juntas de freguesias europeias se tornassem parceiras de paróquias e administrações locais africanas para as ajudar a sair do ciclo vicioso de opressão e pobreza. Deste modo seriam salvaguardados os biótopos de cultura africana e de cultura cristã, porque, a experiência da História ensina e resume: onde a cultura árabe entra os outros biótopos naturais estão condenados a desaparecerem para darem lugar à monocultura muçulmana. Sabe-se da agricultura que onde domina a monocultura o solo é destruído!


O Apoio que, com os nossos impostos damos ao Kosovo não deve ser negado ao Sul do Sudão. Doutro modo a ONU apoia os árabes onde estes gritam por liberdade e pratica a tolerância da opressão árabe nas suas zonas de domínio. O petróleo pode mais que humanidade e humanismo juntos! A pessoa humana na sua dignidade e direitos pessoais continua a não fazer parte da agenda das instituições e dos povos. Não chega o grito da liberdade da fome e de consciências incomodadas. Necessita-se dum grito da liberdade que surja da humanidade e do humanismo para o Homem!


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

Corruptos como Manequins da Nação Portuguesa


“COMO O ESTADO GASTA O NOSSO DINHEIRO”

António Justo

Portugal é um país pequeno em que o governo não sabe do povo nem o povo sabe do governo. A economia não sabe das finanças nem a política sabe do país. Um país de sociedades secretas e de grupos empertigados e fortes, a viverem nos guetos das importâncias, que não conhecem cidadania mas apenas clientelas. Um país com uma grande cultura e um grande povo, mas desencontrado a caminho da desintegração social e cultural. O povo para desabafar fala do “Marrocos de baixo” e do “Marrocos de cima”!

Este mesmo povo admira o grito de liberdade e justiça que vai pelo mundo fora e esquece-se de ver o que vai em casa para gritar. Naturalmente que os que possuem o saber e o poder vivem bem em Portugal e na Europa. Os cenários do futuro não são tão róseos como parecem. Facto é que a incompetência e arrogância da classe dirigente de Portugal têm arruinado Portugal e as gerações do futuro.

O livro “Como o Estado gasta o nosso Dinheiro” de Carlos Moreno, juiz jubilado do Tribunal de Contas, mostra à base de exemplos a incapacidade governativa dos políticos. Carlos Moreno, não critica apenas, ele é objectivo e aponta caminhos a seguir para um Estado sério gerir os dinheiros públicos. Um livro que deveria ser lido por políticos e jornalistas em todo o mundo lusófono, porque as propostas que faz solucionariam muitos problemas e proporcionariam uma relação sadia entre Estado e seus parceiros e um funcionamento produtivo dos órgãos de Estado entre si.

Como refere o livro, a dívida externa bruta portuguesa (pública + privada) atingiu em 2009 os 223% do PIB. O Estado assumiu em 2009 contratos dos PPP (empresas contratadas pelo sector público) no domínio das infra-estruturas de transportes e de saúde em cerca de 50 mil milhões de euros a pagar pelas gerações futuras.

O Governo criou os PPP (Parceiros Público-Privados), chamando assim o sector privado a tudo o que poderia vir a dar, de momento, dividendos políticos aos governantes e a encobrir o endividamento progressivo do Estado. O Governo também se aproveita dos PPP para o seu favoritismo, baseado na conivência com sociedades secretas e com amigos da ideologia partidária ou da ocasião. Os processos de concurso são submetidos a exigências administrativas arbitrárias sem competência e sem transparência. O governo, para melhor precaver o seu favoritismo, não se preocupa com o controlo orçamental de encargos assumidos por empresas de conivência público-privadas. Não recorre a pessoal externo para controlar. A nível de PPP Portugal é considerado, na EU, um mau exemplo na sua gestão. Usam-se da democracia para anonimarem o roubo e o nepotismo duma partidocracia cimentada em sociedades secretas e organismos com redes internacionais (vide maçonaria e irmandades partidárias internacionais) acalentadas por uma mentalidade arrogante e sobranceira, sem consciência de povo nem de nação.

Um País corrompido por Dançarinos do Poder no Flamenco da Ostentação

“Portugal é o país da Europa com maior percentagem de PPP, que afogam os contribuintes em dívidas… com 1.559 mil milhões de euros de empréstimos, seguido da França com 467 mil milhões”. A casta política serve nos PPP os seus servidores com lugares compensadores à custa do Estado. O livro, de Carlos Moreno, mostra com exemplos escandalosos como, no caso do concurso do Metro Sul do Tejo em 2009 os encargos do Estado já iam em 350 milhões de euros. A renegociação das concessões SCUT (auto-estradas) passa para o regime de cobrança de portagens, sobrecarregando assim o contribuinte em “cerca de 10 milhões de euros, favorecendo assim os boys das concessionárias e evitando a concorrência. Neste paradigma duma administração de amigalhaços, o Estado assume os riscos! “As previsões de custos das obras públicas chegam a ter derrapagens financeiras de 300%. Os contratos dos PPP, cada vez que são renegociados com os privados, acarretam mais e mais encargos pra os contribuintes… Nunca existem responsáveis e nada acontece.” Através das empresas públicas, o Estado cria novas dívidas, à margem do orçamento do Estado, branqueado assim as estatísticas, tal como fazem com muitas estatísticas apesar duma política orientada para a estatística enganadora. Assim se falsifica o défice orçamental, se engana o povo e se evita um controlo externo sério. Trata-se de encargos públicos que “nem as gerações presentes nem as futuras vão conseguir pagar sem muito penosos e longínquos sacrifícios”.

Encontramo-nos perante um Estado irresponsável sem precisão nem rigor nas decisões. A EU é conivente, não sendo rigorosa na análise relativamente a Portugal, porque por detrás de tudo isto se encontram redes internacionais de grande influência, também a enriquecer à custa do povo sistematicamente marginalizado e dos países pequenos, onde a corrupção é mais fácil de se encobrir. Nos PPP o Estado assume os riscos sem se preocupar com rentabilidades. Alteram a matriz de riscos inicial favorecendo os seus parceiros. Entre outros métodos para verem adjudicados os projectos fazem uma proposta de projecto baixa sabendo que o poderão ir buscar depois! No povo corre a voz de que nestas empresas são aquartelados os irmãos da maçonaria e os boys e girls dos partidos. Sob este guarda-sol vive bem a chusma dos Doutores e dos feitores da opinião pública que vive acomodada à sombra da boiada assegurada a nível internacional, nacional, distrital e concelhia.

“Projectos de PPP… devem ser transitoriamente suspensos, em nome da sustentabilidade orçamental e por os PPP se terem tornado não competitivos”. Os boys e os pseudo-intelectuais do regime não permitirão tal nem têm nada a recear porque conseguiram traumatizar o povo. São os herdeiros dos barões oportunistas das revoluções (cf. invasões francesas)!

O Tribunal de Contas (TC) faz parte do problema não podendo, por isso, evitar a catástrofe do endividamento público. As auditorias não são independentes. O presidente do TC é nomeado pelo governo que nomeia também dois dos cinco membros do júri do TC.

O sistema tem sido mantido, sobre as várias repúblicas, devido à rede subjacente ao sistema integrada em diferentes irmandades internacionais, que facilitam assim encobrir a dimensão da corrupção do sistema português. Tudo fachada e accionismo para inglês ver! O parasitismo dum baronato político e intelectual arraigado ao Estado é o responsável pela má administração dum povo trabalhador que se vê obrigado a emigrar para ir enriquecer outros povos e estabilizar o mandarinato português com as remessas.

O sistema partidário português carece, em muitos sectores, de valores e atitudes comportamentais e de espírito translúcido para poder levar o Estado a ser eficiente. Surgiram da cultura dos barões.

Da revolução francesa assumiram os vícios que se manifestaram na primeira República e foram fielmente transmitidos, de geração em geração, por redes de clubes de homens que cultivam neles as mentalidades combatidas pela carta da independência americana. Em nome da república e do progresso destroem a nação e enfraquecem o povo.

À mesa do Orçamento do Estado sentam-se 14.000 entidades que “no todo ou em parte são alimentados por dinheiros públicos”.

O Governo administra com decretos-lei ou despachos “visando situações casuísticas, para afastar o regime normal de contratação”. Assim favorece, com concessões e adjudicações a sua rede parasita que poder contar sempre com a aval do Estado e com outras garantias públicas.

Os políticos limitam-se a apresentar as contas ao país sem prestar contas por elas. A incompetência demonstrada, ano por ano, na gestão pública e política, não receia consequências.

Pobre Portugal todo feito de ambivalências e antagonismos, gerido por “elites” irresponsáveis que não conhecem país nem povo! Portugal empobrecido por uma sociedade de ladrões anónimos que enriquecem à custa do roubo que fazem ao povo.

Boa noite Portugal! Quando começas a ser povo?

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

www.antonio-justo.eu

Sócrates à frente do Socialismo Português contra a Defesa dos Cristãos


A Fracção da Chanceler alemã quer que se assinale a Perseguição aos Cristãos

António Justo

Depois do falhanço dos ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia (EU), a Fracção da União (CDU e CSU) no Parlamento alemão em Berlim exigiu da EU uma declaração comum pela liberdade religiosa em que se manifeste explicitamente a perseguição dos cristãos. Estes constituem, hoje, o grupo mais acossado e com mais vítimas da perseguição religiosa.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros, dos 27 Estados da União Europeia, não tinham conseguido uma declaração comum, devido ao boicote dos ministros dos negócios estrangeiros de Portugal, Espanha, Irlanda, Luxemburgo e Chipre!

Em Portugal, os partidos não põem na ordem do dia assuntos como este. Em muitas matérias, actuam, sem discussão, à socapa do povo e parecem todos interessados numa desintegração social. Toda a nação parece marchar ao ritmo da música duma esquerda vaga que se encontra acantonada nos organismos do Estado.

Um centro direita, traumatizado ainda pelo 25 de Abril, não interfere em muitos assuntos relevantes para a nação, como é o caso da política escolar e cultural, deixando aos outros o remo! O povo é entretido com políticas opiniosas partidárias ou com assuntos políticos do dia-a-dia governativo sem que haja lugar para análises profundas da realidade nem previsões sérias para o futuro.

Com os movimentos republicanos, a ideologia maçónica e um bolchevismo subreptício procuram relegar os assuntos religiosos para o foro privado, encarando-os como estorvo ao fomento do seu domínio. Por outro lado, a má consciência dos grupos secularistas enriquecidos com os roubos dos bens da Igreja aquando da instituição da República manteve um ressentimento das novas forças nascentes que passaram a viver já não em torno do trono e do Altar mas como parasitas em torno dos órgãos do Estado.

Os barões de ontem enriquecidos à custa dos bens da Igreja são os Boys de hoje encostados aos bens do Estado.

O jacobinismo e o clericalismo, que não se encontra nas sociedades nórdicas, fenómeno típico de sociedades latinas, em Portugal, foram integrados nas organizações secretas e partidárias e seus ciclos intelectuais. Não se trata de viver da afirmação ou da negação de Deus; trata-se é de criar as melhores condições para que o Homem viva bem, independentemente dos seus credos e posições políticas.

Esquecem-se que há muito tempo nos encontramos a caminho da luta entre as culturas. Facto é que o socialismo é o maior apoiante dum islão cada vez mais agressivo em relação ao Ocidente. O equilíbrio secularização-religião encontra-se em perigo, pelo facto de secularistas irresponsáveis apoiarem o obscurantismo religioso árabe, e depreciarem sistematicamente o cristianismo, o que com o tempo fomentará extremismos religiosos também entre nós. Esquecem que foi este meio cultural cristão que fomentou e possibilitou a aplicação da democracia muito embora depauperada. Descuram que as ideologias políticas passam mas a religião não passará. Seria inteligente operar neste meio, de modo a possibilitar uma melhor praxis religiosa no sentido do reconhecimento recíproco. Uma política superficial oculta ao povo os próximos conflitos mundiais que se darão a nível religioso e cultural!

Prescindimos duma república de jacobinos como dispensámos uma sociedade teocrática. Ambas impedem a prática da cidadania responsável. O cultivo do ressentimento e da intolerância a partir da tribuna do Estado é ilegítimo e despreza a cultura do povo. Uma estratégia de destruição de valores cristãos, em via, é irresponsável, porque serrotam no galho em que se encontram e prejudicam o povo português, por razões ideológicas.

No contexto europeu, o jacobinismo anticristão instalado em órgãos do Poder é especialmente notório em Portugal e na Espanha!

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com


ESTADOS APOIAM O CRIME DOS ESPECULADORES DA INDÚSTRIA ALIMENTAR


Ecologia em Perigo – Gasóleo Biológico – Tira-se à Boca para se dar aos Motores

António Justo

Um Estudo de 2008 do Banco Mundial, dado a conhecer aos governos mas não tornado público, estabelecia a relação directa entre o aumento de 75% nos preços de víveres em alguns países e a produção de energia biológica. Segundo decisões da União Europeia (EU), até 2020 o consumo de combustível biológico deve subir pelo menos para 20% nas bombas de gasolina.

Na tentativa de se tornarem independentes dos Estados produtores de petróleo e de resolverem o problema energético do futuro, os Estados ocidentais fomentam o cultivo de soja e de colza para a produção de gasóleo biológico. As monoculturas expandem-se por todo o lado. A importação de pasto para animais diminui, por sua vez, as áreas antes reservadas à alimentação humana.

O mesmo acontece na cultura de cana-de-açúcar no Brasil para a produção de etanol que conduzirá ao arroteamento da floresta virgem do Amazonas, como receia um Estudo da UNO.

Nos USA e na EU as áreas de produção de cereais, dão lugar ao cultivo de plantas para a produção de combustível.

Também o negócio especulativo, a nível financeiro, cada vez atinge mais ao sector agrário. Esta praga especulativa atinge principalmente a África e a América Latina que se espalha como a praga dos gafanhotos dos tempos bíblicos. O povo pobre encontra-se à disposição de exploradores anónimos. A política sofre, mas sente-se impotente perante os lobbies do capital e da classe política. Adoptam o capitalismo mas não estão preparados para curar as suas doenças, tomando mesmo medidas que impedem a mobilização das forças purificadoras interinas ao sistema. Veja-se a última crise onde foram premiados todos os bancos independentemente do seu bom ou mau comportamento.

Aves de Rapina do Capital sentem-se bem na putrefacção

Os abutres da sociedade vivem em zonas altas e esterilizadas mas o negócio vão fazê-lo nas zonas baixas, degradadas. Devem o seu bem-estar ao seu instinto dos odores da decomposição. Os Estados encontram-se asfixiados pelas dívidas, as novas gerações têm o futuro empenhado e o mercado de trabalho, cada vez mais precário.


A  indústria agrária com os seus vendedores e a indústria financeira com os seus compradores unem-se contra o comprador final, que se encontra entregue à bicharada especuladora. O dinheiro barato das Bancas centrais não é usado para investimentos mas para especulações com produtos alimentares e outros produtos bancários. Os especuladores da opressão utilizam o dinheiro que os Estados lhes deram para impedir a catástrofe da crise.


A especulação criminosa com bens de consumo é apoiada com subvenções dos contribuintes que, por sua vez, impedem que os países do terceiro mundo possam concorrer com os europeus e americanos.

Por outro lado os especuladores mundiais compram, com anos de antecedência, as produções agrárias nos países do terceiro mundo, ditando os preços aos agricultores locais, impedidos assim de ajustar os preços à inflação. (A política parece ser cínica tendo assim em conta a redução da população mundial através da fome.)


O povo, dos países desenvolvidos não se levanta porque ainda vive bem da destruição da natureza e da exploração dos mais fracos.

Deixam andar à vontade as aves de rapina organizadas em bandos concentrados em torno das necessidades básicas humanas e cuja satisfação se encontra controlada por especuladores multinacionais da indústria alimentar, pelas multinacionais produtoras de medicamentos, pelos abutres controladores dos vários ramos de energias. Verdadeiros Estados nos Estados, já se preparam para obter o controlo sobre as águas potáveis para dominarem mais um sector vital.


A caravana dos especuladores encontra-se em marcha, acolitada pela turba da classe política que com conversas e decisões banais adia a realização do Homem, da sociedade e da natureza.

É escandalosa a intenção e previsão dum banco, como o Banco Alemão, que espera, dentro dum ano, ter um lucro de 10.000 milhões de €. Todos os bancos mundiais se encontram de vento em popa devido à especulação na Bolsa com os preços de gás, óleo, gasolina, electricidade, alimentos, medicamentos, etc. A sabedoria popular constata baixinho: ”As superfluidades dos ricos são as necessidades dos pobres.”


Na Europa, encontramo-nos numa era fomentadora do oportunismo. A política, apoiada pelos Media destrói os valores transmitidos pela cultura para poder substituir a lei moral cultural pela lei da selva. Encontramo-nos num processo de substituição da inteligência e da razão pela imaginação. Entretanto os nossos “zés pereiras” vão distraindo o povo com conversas de sexo, consumo, socialismo, comunismo, criminalidade, propostas partidárias; assim desviam as atenções do verdadeiro problema e dos que provocam os problemas. Resolvem um problema com outro problema maior.


O povo sofrerá cada vez mais e a natureza com ele. Tal como a juventude no mundo árabe se levanta e protesta, assim a natureza se revolta com ciclones e “ tsunamis”. Tudo se sensibiliza, e com razão, contra os colonialismos e imperialismos dos povos e poucos se levantam contra a opressão e humilhação da natureza e dos pobres. O seu rosto ecológico é desfigurado em nome dum individualismo e duma liberdade feroz anónima à custa duma consciência integral e contra uma cultura do nós e da ecologia. Urge integrar o direito privado do mais forte no direito da natureza e da humanidade, subjugando-o ao princípio da colaboração dum crescimento na complementaridade.

Na África o povo sai para a rua protestando contra a fome e contra a opressão. Quando saltará o povo europeu para a rua na defesa da dignidade humana e da dignidade da natureza humilhadas e oprimidas?


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com