DOCUMENTA 14 (d14) – O OLIMPO DA ARTE E DA IDEOLOGIA

Arte e Monumentos são a Expressão e Memória visível da Pólis

Por António Justo

O coração da arte contemporânea mundial (documenta) pulsa pela décima quarta vez, durante 100 dias, em Kassel.

Os Responsáveis da documenta 14 decidiram partilhar a d14 com Atenas de modo a realizar-se em Kassel e Atenas (d14 em Kassel de 10 de Junho a 17 de setembro e em Atenas d14 Atenas de 8. 4. – 16. 7.).

A d14 congrega 160 artistas de todo o mundo (Aqui) tornando-se,  centro de atraccão para cerca de um milhão de peregrinos da arte, durante nos 100 dias. Podem-se ver as Imagens da d14 em espaços interiores (em 25 museus e espaços de exposição) e em espaços exteriores (11 obras de Arte ao ar livre, estas: sem necessidade de comprar bilhete); a documenta 14 é acompanhada por muitas representações e performances em lugares públicos. A documenta dispõe de um orçamento de 34 milhões de euros (o Estado contribui com 17 milhões de euros).

Na d14, expressa-se um género de arte que se pode designar de arte do conceito. A d14 na sequência da d13 acentua a politização da arte que parece querer tornar-se numa espécie de religião da política com um novo sacerdócio altaneiro que a explica e interpreta. Tem a característica vantajosa de colocar temas políticos na rampa do público. A d14 além de ser um altifalante de conceitos de emoções e excitações ideológicas apresenta também alguns oásis muito interessantes onde a fantasia artística figurativa é fomentada. A d14 não tem um centro que a oriente e é demasiado grande para poder ser reduzida a uma opinião. Pelo que pude observar, penso que no seu conjunto se pode considerar como que um grito desesperado duma geração passageira, por se tornar numa repetição de apelos niilistas da esquerda dos anos 70/80.

O “Spiegel online” comenta que a d14 ao contrário da Bienal de Veneza “busca o atrito não busca o equilíbrio”. “Die Welt” vê o perigo da arte ser metida numa “prisão de pensamentos de ácido moralista” e onde, segundo o jornal “FAZ”, se encontram “exemplos banais de arte conceptual com pretextos a ser política” com posições autoritárias, que provocam desconforto no cliente da arte. FAZ refere ainda que o Conselho de Curadores da d14 escolheu obras de segunda classe de longínquas paragens para demonstrar desinteresse pelo Staus quo da arte.

A d14, mais que chocar quer provocar, numa sociedade já de pele dura habituada ao estilo hodierno de grupos guerrilheiros autónomos.

No planeta atemorizado e assustador em que vivemos, a documenta 14 pinta o mundo a preto e branco. Quer sacudir as pessoas com os meios da política, do sexo e de outros eventos grávidos de escândalo, numa paisagem recheada de problemas. E isto numa Alemanha em que, segundo as estatísticas, 25% dos alemães se interessam por política e o resto quer paz.

A documenta 14 consegue superar os caixilhos dos Estados nacionais e das multinacionais, mas não consegue, por natureza, superar as fronteiras ideológicas. O seu regente artístico, o socialista Adam Szymczyk opta pela provocação. Szymczyk preceitua “o desaprender” no sentido da desorientação. A d14 transmite a impressão de documentar um caos em que se quer ficar, o fim da democracia racional porque de facto a democracia cada vez se transforma mais num risco porque é esbanjada. FAZ AM SONTAG refere que a grande fraqueza da d14 é o seu “profundo desejo de ser moralmente certa; já em Atenas se fez de obras de arte documentos da luta internacional pela libertação”; os “organizadores da d14 tropeçam no erro do ensino dogmático” em que também tropeçou o movimento Gender com a sua ideologia do preceito transgénico. A documenta encontra-se obcecada pelo espírito crítico contra a dominância “branca, masculinidade heterossexual” vendo por todo lado racismo e fascismo. Falta-lhe “o poder de negociação crítica” numa sociedade considerada como “público experimental”.

 

A Dokumenta 14 em Kassel demonstra a marcha da ideologia na arte; a arte conceptual é aqui o altar da ideologia esquerda que procura criar um pequeno grupo de iniciados para que o povo se pasme não perante a arte mas perante as explicações.

Uma posição arrojada e nova será o aspecto crítico a surgir contra a ideocracia em voga; este será mais um passo que a sociedade terá de colocar na ordem do dia na mesa do seu desenvolvimento. O problema é que pensar a sério faz doer e isto não faz parte de produtos de consumo.

É louvável o espírito tolerante e democrático de uma sociedade aberta que vive da controvérsia mas que permanece fiel à procura da verdade e do essencial não se deixando distrair pelo cantar das sereias.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

INICIATIVA: VAMOS PLANTAR UMA ÁRVORE! EM MEMÓRIA DOS MORTOS E DESAGRAVO DA NATUREZA

VAMOS PLANTAR UMA ÁRVORE EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS E EM DESAGRAVO DA NATUREZA!

                            Poposta de iniciativa

Esta é a hora da tristeza, da reflexão e do silêncio. A catástrofe de Pedrógão Grande poderá unir-nos, na solidariedade com a natureza, com as famílias e com os mortos; esta solidariedade integral pode despertar em nós energias reforçadas que também  nos leve a plantar árvores por todo o país em desagravo pela natureza e como oração pelas pessoas vítimas do incêndio.

Todos nós temos uma lágrima a derramar devido à maneira como temos tratado a natureza! Choremos e enterremos os mortos!

Como povo, para que as nossas lágrimas não caiam em terra seca, esta seria a hora de todos plantamos árvores por todo o país! Esta seria uma forma concreta de reparação nacional e uma maneira de nos acordar para a gravidade da natureza ofendida!  Quando ela sofre, sofremos todos; ela é a nossa casa e também nossa mãe e irmã! Vamos plantar uma árvore!

UMA PROPOSTA PARA O CONCELHO ATINGIDO

No concelho atingido pela catástrofe, a Câmara municipal poderia elaborar num lugar determinado, um monumento constutituido por 64 árvores plantadas (lembrança dos mortos) e ao lado de cada árvore uma pedra como símbolo de algo que permanece (Árvores tradicionalmente bem portuguesas são o sobreiro, a oliveira (símbolo da paz) e o pinheiro).

António da Cunha Duarte Justo

(Presidente da ARCÁDIA (Associação de Arte e Cultura em Diálogo)

Pegadas do Tempo

Carola Justo

Pintura “Alma a subir” de Carola Justo

VAMOS PLANTAR UMA ÁRVORE EM DESAGRAVO DA NATUREZA OFENDIDA E COMO LEMBRANÇA DAS VÍTIMAS DO FOGO

Esta é a hora da tristeza, da reflexão e do silêncio. A catástrofe de Pedrógrão Grande  poderá unir-nos na solidariedade com a natureza e com os mortos; esta pode despertar energias reforçadas que nos levem a plantar árvores por todo o país em desagravo pela natureza e como oração pelas pessoas vítimas do incêndio.

Num país unido depois de ardido, assiste-se também ao jogo da caça aos gambozinos; em vez de se discutirem causas e políticas para impedir desastres futuros numa natureza abandonada e que também chora, desperdiçam-se muitas energias na caça de uma culpa que se quer sempre “solteira”!

É natural que o povo acuse motivado pelo desespero e pela tristeza, mas que, nesta hora, políticos e pessoas do governo se dêem ao desporto desresponsabilizante da declaração de culpados é cinismo profanante.

VAMOS PLANTAR UMA ÁRVORE!

Todos nós temos uma lágrima a derramar devido à maneira como temos tratado a natureza! Choremos e enterremos os mortos! Como povo, para que as nossas lágrimas não caiam em terra seca, esta seria a hora de todos plantamos árvores por todo o país! Esta seria uma forma concreta de reparação popular e uma maneira de acordar a responsabilidade política para a natureza ofendida! Vamos plantar uma árvore!

António da Cnha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A MÚSICA É A VOZ DA PAZ – UMA ARAGEM DIVINA A AFAGAR O MEDO

Música é a voz de Deus em ritmo religioso e profano

Fantástico, este espectáculo de beneficiência! Ariana Grande, apesar das limitações que se lhe possam ser apontadas, afirma aqui a vida contra a morte, o amor contra o ódio! Concerto na íntegra.

O relativismo cultural que domina a cena pública tem favorecido a tolerância da desarmonia e a dissonância como ritmo comum.

A música diz não ao mundo rival convertendo as diferenças do texto e do discurso em ritmo livre que leva à harmonia e à felicidade. Na música ouve-se a mensagem dos anjos, a fala de Deus em voz religiosa e profana. Ela deixa-nos sem fala e possibilita-nos ouvir a próprio voz interior e nela saborear os acordes da harmonia.

A música reúne no sítio da poesia o espírito e a matéria na mais simples expressão comum de felicidade. Nela se expressa a saudade da felicidade e se resolvem os problemas do entendimento. A música conduz à postura honesta que nos torna dignos pois nos afina e dá forças para cantarmos a vida em harmonia ao ritmo do universo.

António da Cunha Duarte Justo

PORTUGAL EM 3° LUGAR NO ÍNDICE GLOBAL DA PAZ

Países Lusófonos a Caminho – Europa: a Região mais pacífica do Globo

António Justo

O Instituto para Economia e Paz (IEP) apresentou o Índice Global de Paz (IGP 2017), baseado na análise de 163 países e coloca Portugal em terceiro lugar no Ranking das nações mais tranquilas.

Países Lusófonos

A classificação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é encabeçada com o 3°. lugar para Portugal, seguida do 53°. para Timor Leste; 61°. para Guiné Equatorial; 78°. para Moçambique; 100°. para Angola; 108°. para o Brasil; 122°. para Guiné Bissau.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe não entraram na análise.

Segundo IEP Portugal passou do quinto para o terceiro lugar, ultrapassando a Áustria na classificação da posição mundial, devido, sobretudo, a uma recuperação constante na sua crise financeira, o que levou a uma maior estabilidade interna para o país.

Critérios para a classificação dos países

Como factores para a classificação dos países, os cientistas servem-se dos seguintes grupos de indicadores: 1. Os conflitos no país e no exterior: número e duração de conflitos com outros países, e o número de mortes por violência organizada; 2. Segurança Social: instabilidade política e probabilidade de manifestações violentas e do número de detidos nas prisões; 3. Militarização: quanto dinheiro disponibiliza o país para as suas forças armadas, número de soldados disponíveis e se tem armas nucleares.

Os 10 países com mais paz e menos violência

1.Islândia, 2. Nova Zelândia, 3. Portugal, 4. Áustria, 5. Dinamarca, 6. República Checa, 7. Suíça, 8. Canadá, 9. Japão, 10. Irlanda.

Entre outros: 16. Alemanha, 23. Espanha, 38. Itália, 41. Reino Unido (ainda sem o recente ataque terrorista), 51. França, 137. Índia, 151. Rússia, 161. Iraque, 162. Afeganistão,163. Síria.

Na carta apresentada pelo IEP a Rússia encontra-se com a cor vermelha tal como a Síria; até o Egipto tem um melhor índice de paz que a Rússia, o que parece questionável.

O relatório coloca a Europa como a região mais pacífica do mundo. O projecto União Europeia tem sido, certamente, um factor de garantia de paz. Apesar da guerra na Jugoslávia e do bombardeamento da Sérvia, nos anos 1990, a paz tem-se estabilizado, apesar de certos indícios de insegurança e medos a aumentar.

Apesar do cancro da guerra em muitos países e do terrorismo islamista a esperança é maior que o medo!

O facto de alguns se afogarem na praia não justifica que se traga colete salva-vidas na banheira.

O importante é assegurar a paz sem que isso aconteça à custa da exploração de outros. O Estado, as instituições e os indivíduos terão de se empenhar no grande projeto de criar uma cultura de afirmação pela paz.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo