Na Alemanha, a economia queixa-se de que “a burocracia constitui a maior desvantagem competitiva, ainda à frente da escassez de mão-de-obra e dos custos de energia” (de acordo com a Dra. Giesela Meister-Scheufelen (1).
“Os custos da burocracia para a economia devidos às leis federais ascendem agora a 65 mil milhões de euros”.
Também a UE tem aumentado o fardo da burocracia produzindo leis e regulamentações a torto e a direito. A instituição de Bruxelas tornou-se num monstro burocrático que por vezes produz regulamentações que se tornam num exagero, que mais parecem sair de um programa de ocupação dada aos seus burocratas!
No estado do Hesse já há um ministro para a desburocratização.
O motivo que me levou a escrever este texto foi o facto de ter verificado de em Portugal, pessoal burocrático ir dar “formação” a empresas tendo elas de pagar os custos.
Exagerada burocracia aumenta o peso ineficiente do Estado quando a formação deveria ser da iniciativa das empresas e seus empregados interessadas em formações e especializações que poderão dar mais rendimento e contribuir para e inovação; frequência de cursos de formação pode então servir de factor de promoção do pessoal dentro da empresa. Só a empresa sabe dos ramos de inovação que precisa. Por outro lado, demasiado emprego dependente do Estado pode impedir desenvolvimento e iniciativa e fomentar a estabilização partidária no sistema baseada em favoritismo ou peso de voto de eleição nos partidos do arco do poder.
A falta de confiança do Estado para com os cidadãos vem a reflectir-se na desconfiança dos cidadãos para com o Estado.
Naturalmente um liberalismo sem regras no sentido do globalismo também não beneficia os Estados.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) in Espelho das Autoridades /dezembro de 2024) (Editado em alemão para a Alemanha)
Muito lúcidas reflexões.
Bem- visto… Parabéns caro amigo.
O Estado criou um pesado fardo no desenvolvimento económico do país.!.
A criação do I.E.F.P., veio a substituir a formação profissional mais eficiente e
adequada ao tecido empresarial.
Daí tal instituição ter sido “um poço roto”do pacote financiado pela U.E., a verba do dito Programa do Fundo Social Europeu …
Aquilo que dá maior promiscuidade a todo o desenvolvimento económico do país.!.
Pudera.!!!. A falta de Inovação na política do Estado, bem como, da União Europeia bem visível está na substituição do P.I.B. , por um aferidor económico justo e válido a toda a economia. Lembramos o grande Líder da Economia mundial : John Maynard Keynes, já nos anos 1946, pretendia tal substituição
Afim de evitar o alargamento dos BRIC’S., e poder haver paz a nível mundial, bem longe
di que está acontecer…
Manuel Saraiva Borges , exactamente, obrigado pelo comentário enriquecedor; esse “poço roto”está ao serviço de uma visão socialista de Estado controlador e espiador! Quanto aos BRICS passaram a ser indirectamente ainda mais implementados com o bloqueio económico à Rússia e a confiscação de riquezas russas. A europa serra no seu próprio galho!
Kafka…
Vítor Lopes ,a tua referência a Kafka é mais que oportuna não só pela crítica de Kafka à burocracia, mas também pela conexão que se pode fazer com o seu livro “Metamorfose”. Aqui revela-se “visionário” pois no que se poderia referir à Europa com os trauliteiros de Bruxelas, temos uma EU muito empolada que ao tomar o caminho unilateral anglo-saxónico pôs-se a caminho da insignificância não só a nível geopolítico, mas sobretudo no próprio meio social que cada vez se sente mais depauperado e menos coeso pois consomem-lhe a alma e constroem castelos absurdos de burocracia no equívoco que criando muitos tachos para arrivistas dos Estados membros conseguem erguer uma Europa com futuro!.