A ESQUERDA DA GRÉCIA DECRETA MEDIDAS DE AUSTERIDADE E A ZONA EURO PREMEIA

 OBEDIÊNCIA DESESPERADA

Na Grécia o governo de Tsipras aumentou o IVA de 23% para 24 % a partir de 1 de Julho. A Gasolina é aumentada em 3,7 Centimos por litro, o gasóleo 10 Cent., gás 12,4% e combustível para aquecimento 6,2 Cent., por litro. Internet e telefone fixo e ligaçães  à Internet sofrem um imposto especial de 5%. É também criado um imposto especial para imóveis a partir de 200.000€; o alojamento em hotel passa a pagar uma taxa por noite entre 25 Cêntimos e 4 euros, conforme a categoria do hotel.

Bruxelas respirou fundo depois da maratona de 11 horas para aprovar o apoio à Grécia! O Governo grego vai receber 10,3 mil milhões de euros, do resgate dos parceiros do euro, em troca do seu pacote de austeridade e da reforma que aprovou. Antes, a decisão terá de ser aprovada por parlamentos nacionais europeus e Atenas ainda tem de satisfazer algumas condições. Além do pacote vai ser-lhe concedido o alívio da dívida.

O Governo grego aprovou novas medidas de austeridade e Alexis Tsipras na Grécia (homólogo do PCP e do Bloco de Esquerda e em parte do governo Geringonça)   consegue na Grécia o que a geringonça ainda não entendeu: um país para não ficar dependente em vez de continuar a fazer dívidas tem de começar a tomar mediadas que fomentem a producao. Na realidade, se observamos os dados económicos dos dois países a situação não terá solução através do poupar. Assistir-se-á a uma obediência desesperada e a uma contínua conversa queixosa e fiada mais interessada em Bruxelas que em Lisboa.

O capital,  DAX reagiu às medidas gregas em grande alta, o que também não é bom sinal porque quem se alegra é o capital internacional e não a bolsa grega, além disso a euforia do DAX deve-se ao facto de os gregos terem de apertar o sinto; o empréstimo é uma medida importante para os gregos mas dado não serem eles os produtores do capital apertará o cinto sem grandes perspectivas. Os juros que a Grécia ou Portugal pagam aos credores internacionais deveriam ser condicionados ao investimento deles na Grécia e em Portugal. Doutro modo quem paga a conta e a falta de desenvolvimento serão os nossos filhos e netos.

António da Cunha Duarte Justo

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Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

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