Entre os estados europeus também se registam países que violam a convenção da diminuição do gás estufa. A convenção tem por objectivo reduzir o aquecimento global.
No Protocolo de Kyoto os estados assinantes tinham-se comprometido a limitar ou a não exceder uma determinada percentagem da expulsão de gás estufa de 1900 até 2005. O Secretariado das Nações Unidas (UNFCC) revelou ontem (20.11) em Bona que a Espanha, que se tinha comprometido a não ultrapassar os 15% de emissão, esta aumentou nos últimos 15 anos 53,3%. Portugal teve um acréscimo de 42,8% e a Grécia de 26,6%. A USA registou um aumento de emissão de 16,3%. A Alemanha conseguiu, neste espaço de tempo, uma redução de emissão para 18,4%.
É natural que as nações em vias de desenvolvimento não se devam submeter a reduções tão drásticas como os países industrializados. A Europa, para motivar a redução de emissão (CO2, Metano) possibilita o negócio com certificados de emissão. Assim nações e empresas mais poluidoras poderão comprar a outras que se mantêm abaixo do limite, créditos de emissão.
Portugal deveria socializar a possibilidade dos portugueses em regime particular produzirem energia fotovoltaica nos seus telhados. A produção de energia limpa iria reduzir a percentagem de emissões e fortaleceria as economias domésticas com telhados disponíveis.
É incompreensível que na Alemanha, um país muito mais sombrio que Portugal, se vejam, por todo o lado, em muitos telhados particulares as instalações fotovoltaicas para o gasto de energia eléctrica familiar com a possibilidade de vender o excesso de produção às empresas de electricidade. Apesar da falta de sol, a Alemanha consegue amortizar em cerca de dez anos os investimentos.
A política portuguesa só tem dado essa possibilidade às grandes empresas. O povo que se arranje. Para projectos megalómanos até estão disposto a submergir grande áreas do país com água para produção de electricidade ou a fazer passar os Postes de alta tensão perto de povoados, sabendo embora que isso provoca cancro.
Um povo sem voz aguenta tudo!
António Justo