Mês: Junho 2017
COPA DO MUNDO NO QATAR EM PERIGO
Vice-presidente do Parlamento alemão contra o Mundial 2022 no Qatar
António Justo
Qatar tem de resolver o conflito, com os seus seis parceiros árabes, se não quer ver em perigo a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2022.
Cláudia Roth, vice-presidente do Bundestag alemão declarou-se contra a adjudicação da Copa do Mundo em 2022 no Qatar advogando a revisão da atribuição (HNA, 07.06). De facto, não sendo Qatar “um país de futebol”, a adjudicação nada tem a ver com o “desporto, mas com o dinheiro”. Qatar não considera as normas básicas de direitos humanos e além disso houve “corrupção na adjudicação”.
Também o presidente alemão da DFB, membro novo na FIFA, se pronunciou contra a concessão de torneios a países que apoiam o terrorismo, alegando que adjudicações só deveriam ser feitas a países que defendam o respeito dos direitos humanos, a liberdade de imprensa e respeitem normas ambientais.
Se a FIFA e o mundo ocidental não usassem uma atitude hipócrita, os representantes do Qatar teriam sido obrigados a renunciar ao apoio económico do terrorismo internacional para poderem ver realizada a Copa mundial no seu emirado. A FIFA sem requisitos morais, tem-se mostrado apenas interessada no dinheiro. Por isso não teve escrúpulo em aceder a realização da Copa do Mundo num país que apoia activamente o terrorismo.
O clube Real Madrid acedeu a tirar a cruz cristã da coroa do seu emblema nos produtos a serem comercializados no mercado árabe por uma firma têxtil que comprou os direitos de comercialização de produtos relacionados com o Real Madrid (Tischerds, etc.) nos Emirados Árabes Unidos. O club fez uma parceria com o banco Abu Dhabi dos Emirados Árabes (Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Bahrain e Omã). Quando se trata de negócios com os árabes, os europeus renunciam até aos símbolos da sua identidade. De facto, identidade e honra, não são materiais com que se faça dinheiro; os árabes jogam na avançada porque possuem identidade, honra e dinheiro.
Em contrapartida os europeus mostram-se tolerantes, à sua maneira, suportando na Europa o uso do lenço como confissão e propaganda aberta pelo arabismo retrógrado. Em nome da liberdade (e ainda bem para a liberdade!) dizem bem ao uso do véu na cabeça, como legítimo símbolo cultural do domínio do homem sobre a mulher, precavendo assim o atractivo bom-exemplo da mulher submissa!! A intolerância conta com a força do dinheiro e com a disponibilidade dos que se deixam comprar. O dinheiro e o negócio juntam interesses sem que se misturem!
Qatar é um grande patrocinador do terrorismo
Qatar, um emirado do Oriente Médio, fomenta o islamismo e apoia a Milícia Hezbollah na Síria e no Líbano. Apoiou o movimento terrorista “irmandade muçulmana” no Egipto, apoiou os islamistas sunitas na Tunísia contra a juventude reformista dando milhões ao Partido Emndha, parceiro da Irmandade Islâmica, que assumiu lá o governo; apoia a organização terrorista Hamas que governa na Faixa de Gaza; apoiou o movimento da Primavera Árabe no sentido dos islamistas saírem como vencedores em todo o norte de áfrica; deste modo, apoiando-os com dinheiro defendia-se deles. Se o movimento se democratizasse constituiria um perigo à porta. Apoia a insurreição islamista em todo o mundo porque esta é a melhor maneira de impedir a democracia e a liberdade que se tornaria numa ameaça para a monarquia absolutista de Al-Thani, que tem Qatar nas mãos através dos seus milhares de familiares; os cidadãos não pagam impostos. A estratégia de desestabilizar os vizinhos tem tido sucesso.
A potência económica Qatar faz tudo isto, pela porta traseira não oficialmente, para poder negociar à vontade com o Ocidente que hipocritamente, por razões económicas, fecha os olhos aos fomentadores do terrorismo e em casa contenta os cidadãos com palestras vistosas de que o Estado já não pode assegurar a segurança dos cidadãos nas grandes cidades! 14% das acções da VW e do Deutsche Bank estão nas mãos de Qatar.
A família monárquica Al-Thani, mantem-se no poder desde há gerações.
Já o poeta e dramaturgo comunista Bertolt Brecht dizia “primeiro está o comer e depois a moral”!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo,
NAS SOMBRAS DE TRUMP – QATAR BLOQEADO E O IRÃO NO ALVO
Mais um problema que Trump cria à Alemanha!
António Justo
Qatar está a ser isolado (desmascarado?) pelos países irmãos Arábia Saudita, Egito, Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Maldivas e Iémen.
Estes países cortaram relações com o Qatar (a 05.06) pelo facto de este apoiar o terrorismo e de dar acolhimento aos grupos terroristas: milícia Jihadista, Estado Islâmico, Al Qaeda e Irmandade Muçulmana.
Com o encerramento das fronteiras sauditas para o Katar e o embargo dos voos de aviões catarianos torna-se impossível o acesso terrestre a Qatar. Os Saudis argumentam que tomaram a iniciativa do bloqueio para obstarem ao “perigo do terrorismo e extremismo”, o que Qatar desmente oficialmente contrapondo que a Arábia Saudita quer colocar Qatar sob “a tutela saudita”.
É verdade que o Irão apoia terroristas, mas a Arábia Saudita fomenta o extremismo religioso na vertente do neofundamentalismo salafista (continuação no exterior do wahhabismo da Arábia Saudita que defende a aplicação da sharia); apoia-o na a construção de Mesquitas em todo o mundo, o que é visto como bom em muitos países pelo investimento económico que isso significa. Os salafistas procura fomentar a expansão muçulmana, especialmente, na Europa. O seu programa de distribuição pública e gratuita do Corão em muitas cidades europeias revelou-se como estratégia de angariar elementos muitas vezes posteriormente radicalizados.
Quase todos as redes terroristas até agora identificadas na Alemanha se encontram no meio salafista ou sob a sua influência.
Trump levou à Arábia Saudita um negócio de 310 mil milhões de Dólares em armas e declarou o terrorismo xiita como muito perigoso. A situação revela-se num bom negócio para a América, mas numa catástrofe para a região que não sairá das contendas entre sunitas e xiitas na luta pela supremacia na região e de que outros se aproveitam.
Qatar tem grandes investimentos na Alemanha, possuindo acções no Grupo VW, Deutsche Bank e na empresa de construção Hochtief. Mais um problema que Trump cria à Alemanha!
Trump deixou, na Arábia Saudita, o aviso ao Irão xiita e agora, nas suas sombras, os irmãos sunitas parecem dispostos a concretizar a mensagem de Trump.
A região manter-se-á um paiol de pólvora enquanto os três galos num poleiro (Irão, Arábia Saudita e Turquia) disputarem o direito à supremacia regional do xiismo ou do sunismo muçulmanos. A nível de estratégia, todos estão interessados na desestabilização do Egipto, Iraque, Síria, etc,). No meio de tudo isto, o Ocidente, a Rússia e a China vão fazendo o seu negócio.
Em questões de muito negócio os interesses cautelares recomendam a expressão moderada! O negócio move tudo, o resto é infelizmente música de acompanhamento.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
A MÚSICA É A VOZ DA PAZ – UMA ARAGEM DIVINA A AFAGAR O MEDO
Música é a voz de Deus em ritmo religioso e profano
Fantástico, este espectáculo de beneficiência! Ariana Grande, apesar das limitações que se lhe possam ser apontadas, afirma aqui a vida contra a morte, o amor contra o ódio! Concerto na íntegra.
O relativismo cultural que domina a cena pública tem favorecido a tolerância da desarmonia e a dissonância como ritmo comum.
A música diz não ao mundo rival convertendo as diferenças do texto e do discurso em ritmo livre que leva à harmonia e à felicidade. Na música ouve-se a mensagem dos anjos, a fala de Deus em voz religiosa e profana. Ela deixa-nos sem fala e possibilita-nos ouvir a próprio voz interior e nela saborear os acordes da harmonia.
A música reúne no sítio da poesia o espírito e a matéria na mais simples expressão comum de felicidade. Nela se expressa a saudade da felicidade e se resolvem os problemas do entendimento. A música conduz à postura honesta que nos torna dignos pois nos afina e dá forças para cantarmos a vida em harmonia ao ritmo do universo.
António da Cunha Duarte Justo
PORTUGAL EM 3° LUGAR NO ÍNDICE GLOBAL DA PAZ
Países Lusófonos a Caminho – Europa: a Região mais pacífica do Globo
António Justo
O Instituto para Economia e Paz (IEP) apresentou o Índice Global de Paz (IGP 2017), baseado na análise de 163 países e coloca Portugal em terceiro lugar no Ranking das nações mais tranquilas.
Países Lusófonos
A classificação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é encabeçada com o 3°. lugar para Portugal, seguida do 53°. para Timor Leste; 61°. para Guiné Equatorial; 78°. para Moçambique; 100°. para Angola; 108°. para o Brasil; 122°. para Guiné Bissau.
Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe não entraram na análise.
Segundo IEP Portugal passou do quinto para o terceiro lugar, ultrapassando a Áustria na classificação da posição mundial, devido, sobretudo, a uma recuperação constante na sua crise financeira, o que levou a uma maior estabilidade interna para o país.
Critérios para a classificação dos países
Como factores para a classificação dos países, os cientistas servem-se dos seguintes grupos de indicadores: 1. Os conflitos no país e no exterior: número e duração de conflitos com outros países, e o número de mortes por violência organizada; 2. Segurança Social: instabilidade política e probabilidade de manifestações violentas e do número de detidos nas prisões; 3. Militarização: quanto dinheiro disponibiliza o país para as suas forças armadas, número de soldados disponíveis e se tem armas nucleares.
Os 10 países com mais paz e menos violência
1.Islândia, 2. Nova Zelândia, 3. Portugal, 4. Áustria, 5. Dinamarca, 6. República Checa, 7. Suíça, 8. Canadá, 9. Japão, 10. Irlanda.
Entre outros: 16. Alemanha, 23. Espanha, 38. Itália, 41. Reino Unido (ainda sem o recente ataque terrorista), 51. França, 137. Índia, 151. Rússia, 161. Iraque, 162. Afeganistão,163. Síria.
Na carta apresentada pelo IEP a Rússia encontra-se com a cor vermelha tal como a Síria; até o Egipto tem um melhor índice de paz que a Rússia, o que parece questionável.
O relatório coloca a Europa como a região mais pacífica do mundo. O projecto União Europeia tem sido, certamente, um factor de garantia de paz. Apesar da guerra na Jugoslávia e do bombardeamento da Sérvia, nos anos 1990, a paz tem-se estabilizado, apesar de certos indícios de insegurança e medos a aumentar.
Apesar do cancro da guerra em muitos países e do terrorismo islamista a esperança é maior que o medo!
O facto de alguns se afogarem na praia não justifica que se traga colete salva-vidas na banheira.
O importante é assegurar a paz sem que isso aconteça à custa da exploração de outros. O Estado, as instituições e os indivíduos terão de se empenhar no grande projeto de criar uma cultura de afirmação pela paz.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo