O MÉTODO DE HONDT USADO PARA CONVERTER VOTOS EM MANDATOS É INJUSTO

PS e PSD precisam de 20 mil votos por deputado e o CDS com 87.000 Votos não teve nenhum

Os centristas (CDS) foram castigados não só pelos eleitores como também pelo método de contagem. O CDS que nas eleições legislativas de 2022 teve mais votos (87.000) do que o PAN (82.000) e do que o livre (69.000) ficou a ver navios com zero deputados, enquanto que o PAN e o Livre elegeram um deputado cada um. Além disso os partidos maioritários são favorecidos com o acréscimo de alguns deputados!

Esta injustiça deve-se ao método de Hondt (1) usado e consagrado pela Constituição portuguesa e à anacrónica distribuição dos círculos eleitorais por distritos, por outro, lado já extintos. Este método matemático, ao converter votos em mandatos, beneficia os círculos eleitorais com mais população e prejudica os partidos mais pequenos em benefício dos grandes. Por outro lado, muitos milhares de votos são ignorados; ou seja, quanto menor o círculo, mais votos ficam perdidos sem efeito de votação!

As fórmulas matemáticas usadas (método de Hondt) discriminam os mais fracos favorecendo os partidos maiores com o argumento de favorecer a governabilidade.

Um dos métodos para diminuir a discriminação poderia ser criar um círculo único a nível nacional e no que respeita aos partidos que individualmente não conseguirem eleger deputados, passar-se a juntá-los em partido único (somar os números dos votos desses partidos para efeito de contagem útil) e dividir os daí resultantes deputados por cada um desses partidos. Isso evitaria também que muitíssimos dos votos das novas forças parlamentares não se tornassem propriamente nulos por não serem convertidos em mandatos.

Se fosse aplicado em Portugal o método de Webster, teríamos um sistema de eleição mais justo: o método de Webster é empregado na Alemanha, Dinamarca, Noruega e vários outros países.

Assembleia da República é composta por 230 deputados que representam o país e os círculos eleitorais pelos quais foram eleitos!

Conclusão, o nosso sistema eleitoral deveria ser reformado para ser partidariamente mais democrático. Para revisão da Constituição seria necessária a aprovação de uma maioria de dois terços dos deputados. Isso torna-se impossível porque as maiorias partidárias parlamentares são as beneficiadas pelo método usado e, porque isso tocaria com eles, preferem deixar a democracia à porta; o sistema está para revisão há já 20 anos, mas a comissão para o efeito, tal como é objectivo de muitas comissões, é mais um alibi, para dar impressão ao povo de que se leva a democracia a sério!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

(1) O método Hondt é um modelo matemático utilizado para converter votos em mandatos e fomenta a abstenção .  https://www.gqportugal.pt/o-sistema-eleitoral-portugues  e https://www.cne.pt/content/metodo-de-hondt

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

64 comentários em “O MÉTODO DE HONDT USADO PARA CONVERTER VOTOS EM MANDATOS É INJUSTO”

  1. Um sistema que introduzisse uma maior proporcionalidade poderia, em tese, ser mais justo, mas traria uma imensa e persistente ingovernabilidade ao país. Lembro que há países onde o partido vencedor tem mesmo um “bónus” de deputados, como forma de reforçar a sua capacidade de liderança. O caso mais caótico de dispersão de votos é o modelo israelita, que induz crises cíclicas permanentes. O nosso sistema é equilibrado e sábio. Dificilmente haveria um consenso alternativo para o mudar. E, para mim, ainda bem.
    FB

  2. Exactamente, o argumento da ingovernabilidade tem peso mas como escrevi já há anos e agora repeti, se houvesse vontade política poderia haver maneira de manter o argumento da governalidade e apesar disso ser-se mais justo para com as regiões e partidos mais pequenos e evitar que muitos milhares de votos como escrevi aqui https://antonio-justo.eu/?p=7056 . No foco dos meus interesses não estão os interesses dos partidos mas uma justiça elimentar que seria desejável para todos os partidos! O Sistema de HONDT é uma fraude que, ao ser usado confirma a vontade dos maiores como a legítima, o que em democracia deveria ser questionado por todos os partidos que se dizem perto dpo povo! De facto engolem os grandes os resultados dos pequenos. Deste modo a própria Constituição se mostra já de raiz como partidária! Há sistemas como o de Webster, muito mais justo como se aplica na Alemanha, Suécia e muitos outros países. Sabe, gostaria, que Portugal se tornasse um exemplo para o mundo, naquilo que o poderia ser porque mais dependeria de si do que dos outros!

  3. Maria Carolina Almeida , a primeira coisa a ser tirar da Constituição deveria ser que a a meta a atingir pela política deve ser o “socialismo” como recomenda o Prólogo da Constituição. A Constituição não será mudada atendendo a uma onda abrilista que turva a lógica da razão e ainda acreditava no sistema da União Soviética como a solução política para os povos!!

  4. E estes ignorantes, têm a coragem de se intitularem dr comentadores. Comentadores de quê? Não seria melhor assumirem que são reles vendedores de banha de cobra? Em vez de comentarem fizeram campanha descarada contra o vencedor das eleições. Coitados. Saiu-lhes o tiro pela culatra e não fizeram mais do que dar tiros nos proprios pé. FB

  5. José Fratel, a nossa opinião pública especialmente em Portugal tem sido penteada pelas elites políticas e seus acólitos! Para se dizer bem pouco haveria a dizer em todos eles e para se dizer mal ninguém me paga! Prefiro escrever com o fim de fazer reflectir, porque quando o povo começar a reflectir a democracia acordará e tornar-se-á adulta e tornar-se-ia mais crítica! Tenho a impressão que grande parte dos nossos detentores do poder não têm o problema dos tiros nos pés porque têm asas e pés tem o povo que anda a pé!

  6. Caríssimo Justo

    Eu não fazia ideia da grande injustiça da contagem dos votos pelo método de Hondt!
    Ainda bem que entendes e explicas o que se passa!
    Vou dar ampla difusão!
    As minhas melhores saudações!

  7. Muito agradecido!
    Por vezes até seria melhor não saber para não se sofrer!
    Eu, como procuro ser fiel ao meu nome e à herança cristã empenho-me por ir mostrando o que se passa por trás dos bastidores.
    Sei que essa é uma missão ingrata porque apontar para as ferida geralmente desassossega; por isso já antigamente o mensageiro da derrota militar era morto pelos que se consciencizavam de serem vencidos! Tudo quer ser vencedor!

  8. António Cunha Duarte Justo, está completamente caducado o sistema da União Soviética… e o socialismos tem os dias contados…

  9. Maria Carolina Almeida, o problema é ele comprometer o Estado português ao socialismo, através da sua Constituição ao que acarreta imensas consequências para a maneira de tratar as opiniões, a opinião pública e o facto de indirectamente justificar o comunismo como objectivo a atingir! É natural que isto tem mais a ver com o andamento social e histórico e as preocupações do dia a dia são outras!

  10. Casimiro Rodrigues, seria bom ir ler o prólogo da Constituição que até hoje não deu nas vistas atendendo à atmosfera em que somos formatados, a nível de informação! A maior parte da população está preocupada em ter uma vida digna a nível de necessidades essenciais, não lhe sendo possível dedicar-se a análises! Há muita coisa escondida pelo manto vermelho como antes era escondido pelo manto cinzento! Isto justifica o facto de os partidos considerados de direita se terem de alinhar à esquerda!

  11. António Cunha Duarte Justo inclusive o PDS , ou PSD, sempre pedindo votos à direita e governando à esquerda… NÃO interessam os partidos, … quem manda é o sistema InPosto em 25abril, atual Ditadura…

  12. António Cunha Duarte Justo isso aí… falou tudo… um dia o povo cansa de ser enganado… aí pede socorro… pela volta de algum novo SALAZAR..

  13. Casimiro Rodrigues, a volta de um novo Salazar não se dará até porque a História não pára, é orgânica e o seu desenvolvimento certamente se deverá a uma lei que poderia chamar lei da complementaridade (e não da contrariedade) o que leva a História a avançar, diria, a história avança em em espiral ou em zigue-zague ou incluindo os tropeços que se dão em cada regime vencedor; este comete o erro de se querer distinguir totalmente do regime anterior distinguindo-se do anterior tal como o anterior se afirmou contra o seu anterior e por fim cavam o seu declínio como cavaram os seus predecessores: perdem-se nas intrigas pelo poder. O regime em vez de fazer valer os seus valores de maneira aberta pois deveriam valer por si e não pelo mal dos outros, fixam-se nos males dos anteriores e deste modo tornam-se impecilhos de si mesmo porque o esforço empregado na autoafirmação e nas defesas já não dos valores humanos mas da instituição (fixação em si mesmos) perdem as forças que os levaria a progredir: a partir daí tornam-se ultrapaçados pela vontade popular que não parou e por isso espera por nova transformação: essa transformaç1bo não será do volta para trás mas uma nova opção que se proponha a solucionar problemas criados por uma e outra (paradas no tempo como ideologia ou instituição! A nova geração terá de aprender as virtudes do regime de Salazar e as virtudes do 25 de Abril para tentar expurgar os defeitos de uma e de outra e apostar em novas utopias e naturalmente novos defeitos!

  14. António Cunha Duarte Justo ao que sei, é o método utilizado em todas as democracias quer vermelhas ou coinzentas.
    Caro amigo Justo, olhe que o partido de Rui Rio é o PSD e não tem nada a ver com o SPD.

  15. Não! Isso foi o que pretendi mostrar para que Portugal melhore o seu método de converter votos em mandatos! Há vários métodos seguidos por diferentes países e o método mais democrático é certamente o método de Webster empregado na Alemanha, Dinamarca, Noruega e diversos outros países e na prática mostra-se mais justo. O método de Hondt também é usado em muitos países mas com diferentes aplicações. É de facto uma desmotivação para muitos eleitores saber-se que nas eleições portuguesas anteriores não foram tidas em conta muitíssimos milhares de votos que devido ao sistem foram perdidos (não o seriam tanto se em portugal houvesse um círculo eleitoral único (ou três círculos eleitorais, até porque não tem sentido votar por distritos quando estes foram extintos!)onde se evitaria o favorecimento dos centros urbanos maiores. Mas nesse sentido coloquei no texto uma alternativa que poderia responder à questão de forma mais humana e mais justa! … Quanto ao às diferenças relativas ao PSD e ao SPD alemão são pelo menos tantas como entre o PSD alemão e o PS. Em https://antonio-justo.blogspot.com/2009/ faço referência a aspectos comuns e divergentes. Quanto a Rio, no que pude ver do que ele disse tive a impressão que ele queria trazer mais elementos do SPD para o PSD.

  16. Não conseguimos eleger porque não tivemos votos suficientes por cada círculo eleitoral. Você menciona a totalidade de votos a nível nacional
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  17. Nuno Moreira, também digo isso no artigo e referindo-me aos círculos eleitorais refiro uma ideia que poderia criar mais justiça. A votação por distritos é anacrónica dado estes terem sido extintos; melhor seria criar três ou quatro círculos eleitorais para Portugal e como refiro no artigo e notas seria valeria a pena a política dar-se ao trabalho de ecriar um sistema mais adequado, tal como há em muitos países! Isso não interessa naturalmente aos partidos maioritários! Mas se o CDS e outros partidos pequenos estão contentes, viva o sistema!

  18. Desde as 1ªs eleições que os deputados são eleitos de acordo com o método de Hondt. Curioso como agora aparecem tantos “especialistas” a criticar! O problema não está no método de Hondt mas nos circulos eleitorais e Todos os partidos foram a jogo com essa regra!
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  19. Madalena Acciaioli , se tivesse lido o meu artigo todo seria esucado este comentário! Mas, como é natural, em questões de “especialistas” o diálogo complica-se! A Propósito, que o modo de aplicação do método de Hondt como é aplicado em Portugal venha das primeiras eleições não é de admirar. O máximo centralismo interessa sempre aos poderosos.

  20. António Cunha Duarte Justo nem me estava a referir a si mas sim a publicações diárias sem qualquer análise devidamente feita
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  21. Os Cidadãos, precisam ter todos o mesmo valor, independente de sua ideologia. 01 Cidadão, 01 voto. 50 votos no PS, precisa ter mesmo valor de 50 votos no CHEGA. DO GEITO que está não é democracia. No Brasil 01 voto é 01 voto independente da pessoa que o receba. No Brasil, não se vota no Partido, se vota nominal ao Cidadão que o eleitor escolher. Em Portugal, se vota numa lista, que elege só os do topo da Pirâmide. O dono do partido, coloca seu nome no topo, seguido de seus amigos preferidos, que automaticamente estão eleitos. Os trouxas lá do fundo, são uns otarios que ficam na Província pedindo votos para chefoes lá em cima. Viva a democracia…

  22. Casimiro Rodrigues, no Brasil, como na Alemanha há um método mais diferenciado e justo, como na Alemanha e noutros países que seguem mais o método Webster. Para que o sistema português de Hondt se tornasse mais justo seria preciso, pelo meno um novo ajustamento como sugiro no artigo!

  23. Diria que revela uma tremenda ignorância, não há nenhum método que distribua de forma proporcional um círculo como o meu, Portalegre com 2 deputados.
    O problema não é o método, Método de Hondt ou outro qualquer, mas o pequeno tamanho dos círculos, que deveriam ser fundidos.
    Por exemplo:
    Beja, Évora, Portalegre um só círculo;
    Castelo Branco, Guarda um só círculo;
    Vila Real, Bragança um só círculo;
    Ou então fazer um único círculo nacional para Portugal inteiro,com o Método de Hondt ou outro qualquer.
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  24. António Cunha Duarte Justo , não fui eu quem escreveu isto:
    “O MÉTODO DE HONDT USADO PARA CONVERTER VOTOS EM MANDATOS É INJUSTO”
    Outro qualquer método, Webster incluído, conduziria exatamente aos mesmos resultados com o atual tamanho dos círculos.
    FB

  25. José Luís Caldeira Fernandes Uma coisa não exclui a outra! O método de Webster sempre provocaria menos votos perdidos! O verdadeiro problema contra a mudança deve-se à vontade política dos mais fortes, não interessados em mudanças nem na revisão da Constituição! Precisamente, nesse sentido seria precisa uma remodelação dos círculos eleitorais identificados com os distritos já extintos! Uma aberração que favorece só os maiores e os grandes centros urbanos! Por isso seria necessário criar-se um só círculo eleitoral, o que implicaria outras remodelações, ou dividir o país em três ou quatro círculos eleitorais ou ainda adoptar o método de Webster https://www.youtube.com/watch?v=qFdGA2lWO48

  26. António Cunha Duarte Justo, afinal o problema não é o Método de Hondt, mas tão somente o tamanho dos círculos que foge a qualquer proporcionalidade, podendo até favorecer os mais pequenos.
    Por exemplo em Portalegre, dois deputados, se um partido tiver “grosso modo” o dobro dos votos do segundo, colocam o mesmo número de deputados.
    Exemplo:
    PS 20.000 com um deputado;
    PSD 10.001 com um deputado.

  27. José Luís Caldeira Fernandes, o problemo a solucionar é a injustiça, tendo para isso de serem aferidos os métodos! Não sei quantos votaram nesse distrito no CDS ou no BE para chegarmos à conclusão de que não foram aí desfavorecidos os partidos de minoria, ao contrário do que poderia ser se fosse usado o método de Webster. Injustiça sempre havera mas é óbvio que seja minimizada o mais possível nos métodos de contagem de votos e nomeação de deputados! É um afronto à democracia o facto de muitos cidadãos terem ido votar e pelo facto de se enconrarem num círculo pequeno os seus votos serem perdidos (em vão) a nível nacional!

  28. O distrito de Portalegre elege 2 deputados apenas. Com o actual sistema eleitoral os 2 deputados cabem sempre ao mesmo partido vencedor. Correcto?
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  29. Francisco Pereira da Silva, é o mesmo que acontece no círculo da emigração! O problema maior ainda, são as centenas de milhares de votos de eleitores que que passam a não contar para a constelação parlamentar! A não ser que se criassem assentos vazios no parlamento para dar resposta à responsabilidade dos votantes em que o seu voto foi excluído em termos de expressão de vontade política- Isto torna-se num argumento a favor dos que não vão votar!

  30. Acresce que em vários países com democracias consolidadas é necessária uma percentagem nacional mínima de votantes para a concretização da entrada no Parlamento ( por ex. 4% )
    FB

  31. Carlos Santos, o que aqui está em questão, independentemente da opção de cada sistema político e das forças dominantes no país, é a necessidade de melhorar o sistema de conversão de votos em mandatos e o sistema ultrapassado de em Portugal se identificarem os circulos de voto com os distritos que para outros efeitos foram extintos! Penso também que o facto de haver injustiça em alguns países não é razão suficiente para prolongar a injustiça do sistema em Portugal! Importante a imitar dos outros países é o que eles fazem de melhor no sentido do bem comum e da democracia!

  32. António Cunha Duarte Justo só que eu concorfo tb com o estabelecimento de uma percentagem nacional mínima para assento na AR – 3 ou 4% .

  33. Carlos Santos sim, e um outro aspecto seria de considerar lugares vazios como assento no parlamento! Mas isso seria talvez exigir demasiado numa democracia que se quer estável! Importante é discutir-se porque da discussão pode sair a luz que ilumine melhor a realidade e indirectamente a transforme!

  34. O METODO USADO EM PORTUGAL, “HONDT” ALÉM DE SER INJUSTO, NAO SATISFAZ, foi o escolhido após 25 de Abril , nessa altura não havia 20 ou mais partidos a concorrer, e a divisão era por Distritos. Hoje já não tem razão de ser porque existem círculos eleitorais, e ao escolher um partido que não concorra nesse circulo ESSE VOTO VAI BENEFICIAR O PARTIDO MAIS VOTADO, e não a PESSOA/DEPUTADO que se escolhe. A Lei Eleitoral tem de ser reformada para dar solução a estas questões e evitar que a abstenção seja tao elevada.
    FB

  35. David Martins, já em 1975 houve 14 partidos e o problema permaneceu o mesmo de beneficiar (na relação vototantes e deputados eleitos) os partidos maioritários para estes poderem governar mais à sua vontade! O que se trata aqui é de apontar para a necessidade de a política portuguesa cuja iniciativa só poderá partir dos dois partidos maioritários, no sentido de não abusarem dos eleitores; para isso é preciso começar por deixar de indentificar os círculos eleitorais com os distritos que na realidade já foram extintos mas por oportunismo dos dois partidos maioritários sem tem continuado cada vez mais na mesma a fazer dos votantes palermas na suposição que estes não notam ou são inconscientes.

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