Do Deserto da Transcendência à Desumanização do Ser Homem

“ Não agir segundo a razão, não agir segundo o logos, é contrário à vontade de Deus”.
Isto questiona não só a compreensão islâmica e mas também a de muitos guerrilheiros.
Há quem comece a fazer comparações desvantajosas entre o Papa João Paulo II e Bento XVI tirando ilações menos adequadas. Enquanto que João Paulo II acentuou primordialmente a moral na sua acção, o novo Papa acentua a questão de Deus (a teodiceia), a teologia na relação fé – razão. Não é do seu estilo (ocupar-se com coisas menores) moralizar nem condenar os moralismos inerentes a regimes, mundivisões, culturas, religiões ou políticas. Ele concentra-se no essencial, no primordial.
Numa opinião pública (oriental e ocidental) em que o banal é critério de orientação o homem erudito só poderá ser mal-entendido. Só estorva, pelo que é necessário arrumar com ele mediante um louvor ou uma crítica, numa palavra, o essencial está a mais…
BentoXVI não vem advertir ou proibir. Ao mesmo tempo que admira a beleza e o erótico da fé bíblica, ele não considera a cultura da época moderna má ou ateia. Ele reconhece o desenvolvimento do pensamento moderno, ao contrário daqueles que querem voltar aos tempos anteriores à renascença ou ao iluminismo. Ele quer que a ciência se liberte também ela de moralismos, de protagonismos para se deixar orientar por uma razão completa que não exclua metodicamente a questão de Deus da ciência. De facto uma ciência que exclua a questão de Deus torna-se incapaz de dialogar com as culturas. Para lá do folclore e da economia há algo mais. E uma razão que só valoriza o empírico é encurtada. O ilustre intelectual não quer ver a fé agrilhoada a uma razão prática kantiana e “assim ser-lhe negado o acesso ao todo da realidade”. Também critica a teologia liberal do século XIX que com o seu método histórico-crítico reduzia muitas vezes a fé a uma moral. Ele defende uma razão aberta não reduzida ao experimental, ou melhor, a uma percepção sensorial redutora.
Naqueles que orientam a opinião pública, os dançarinos do sonho, prevalece o músculo e a acrobacia sobre a maça cinzenta, nos debates e nos Media.
O vulgo julga que religião é igual a religião e que Deus é igual a Deus. Mas aqui é que está o problema central: a compreensão de Deus é que separa o Cristianismo do Islão. Consequentemente o conceito de Homem não é o mesmo para o Islão e para o Cristianismo, o mesmo se diga do conceito de sociedade.
O Deus dos cristãos não age contra a razão nem se deixa reduzir ao “razoável”. No cristianismo até os ateus se tornam seus profetas. Tanto a ciência como a fé operam como parceiros, como correctivos da razão. Naturalmente que será lógico que numa parceria razão – fé não poderá haver lugar de imunidade para uma ou para outra.
O Islão, tal como o racionalismo iluminista extremo, relega Deus para o deserto da transcendência. Aí não é permitida a interacção entre Deus e o Homem. Esta é a compreensão que o papa vem questionar. Ele pretende superar o pensar dialéctico no seguimento dum pensar bipolar integrador do todo numa interacção dialógica do ser e do estar (confrontar a interacção trinitária: matéria – espírito – expressão). O iluminismo e o Islão ao separarem a razão da fé cometem o erro do encurtamento. É verdade que com as duas guerras mundiais o Homo europeus superou todos os medos passando a experimentar na pele a ausência de Deus, dum deus que não interferiu parecendo indiferente. Este equívoco porém, penso eu, provem de gerações ainda presas ao pensar dialéctico que ainda se não deram conta da nova época histórica da ciência iniciada por Einstein e colegas. A discussão cristã da fórmula da vida trinitária poderia ajudar a superar a ideologia dos opostos. Trata-se duma realidade, duma fórmula e duma tentativa de encontrar resposta para o ser e para o estar.
Permanece a esperança de que o Islão se deixará interpelar quando os muçulmanos europeus ganharem peso no mundo árabe. Até agora têm corrido o perigo de se serem reduzidos a seus tentáculos.
O que os conselheiros do Papa devem ter em atenção é que Bento XVI não perca de vista os problemas concretos que afligem a Igreja. Estes porém são ninharias em comparação com a crise do mundo ocidental e em especial da Europa. No cristianismo que deu à luz a Europa é natural que o representante do catolicismo, vendo os problemas a nível global, tem mais competência para analisar as questões globais do que aqueles que mourejam nas nacionalidades. Ele sabe que como a civilização ocidental nasceu com o cristianismo também morrerá com a morte deste. Como homem universal está interessado na fé transcultural consciente porém de que no Cristianismo se encontram todas as respostas às questões da vida.
Também a razão terá que, no respeito pelos símbolos, purificar a praxis mágica e sacramentalista.
Na sua viagem à Baviera o papa alemão apontou para os verdadeiros problemas do futuro.

António da Cunha Duarte Justo
Teólogo

António da Cunha Duarte Justo
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A Armadilha do Diálogo e da Compreensão

Dado que tanto terroristas como muçulmanos pacíficos baseiam o seu agir no Corão que é o fundamento imutável e obrigatório da fé, dos valores, do agir e do direito não pode haver diálogo entre as culturas sem o conhecimento do livro Corão. Consequentemente terá que ser permitido falar do conteúdo do mesmo…
O diálogo não é uma questão de somenos importância reservada a ingénuos ou a bonzinhos que confundem diálogo com engraxar ou com o jogo do empisca.
O futuro das democracias na Europa dependerá da maneira como reagirmos ao Islão.
A obrigação obsessiva em que se sentem os europeus para a compreensão conduz à armadilha da compreensão. Um diálogo aberto ajudará o Islão e todos os outros.
Para o diálogo não é suficiente a afirmação de que o Islão é uma religião pacífica. Alguns apelam para o tacto no trato com os muçulmanos. Ora, eles não são crianças, o que se necessita no diálogo é veracidade, sinceridade e abertura. Doutro modo o diálogo torna-se em campo de acção de hipócritas e oportunistas. A dor, a sombra de hoje anuncia o sol de amanhã… Um diálogo universal, num mundo global só é possível sob a plataforma da razão. Já antes de Jesus, a Bíblia reconhecia “ Muita sabedoria, muita aflição e quem aumenta o saber, aumenta a dor”….
A “guerra santa” não é racionalmente sustentável. Àqueles que misturam alhos com bugalhos apresentando as cruzadas como espécie de guerra santa isso é perverter a realidade. As cruzadas nunca foram santas nem com base no evangelho. Também não foram guerras de conquista mas sim de reconquista. (Lembre-se a acção de D. Henrique e seus homens na fundação de Portugal). Além disso vivemos hoje.
Hoje, só o Islão defende o direito de defender a religião, a fé com a espada. Daí a oportunidade da frase do imperador bizantino: “mostra-me o que Maomé trouxe de novo e encontrarás coisas más e desumanas, como o direito de defender pela espada a fé que pregava”. Os extremistas do Islão tornaram-se a expressão da religião, pervertindo assim o todo.
A indústria da informação não está interessada em ouvir o que se diz. Ela está preocupada no como ouvir, como utilizar, dizendo-se o mesmo dos destinatários. Observa-se uma cumplicidade mútua.
Amigos, podemos fazer história mas não na continuação da guerra com outros meios. Não precisamos de esperar pelas catástrofes para nos mudarmos, para aprendermos. Rememos contra a catástrofe contra a violência, talvez com palavras duras mas com um coração manso no sentido de servir no seguimento da luz… a luz da possibilidade real.

António Justo

António da Cunha Duarte Justo

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Bem fala Frei Sampaio…

… mas não olhem…
Jorge Sampaio, num colóquio no Porto, afirma que a democracia vive uma crise de confiança e de afirmação.
A crise da democracia e de confiança que Jorge Sampaio ajudou a criar, tal como outros, é fácil de diagnosticar quando se vive longe do poder.
Mau é que os que beneficiam mais da democracia e se servem dela se arvorem agora em profetas ou em críticos do sistema. Deixem esse papel aos que pagam para a democracia. Doutro modo ainda a desacreditam mais, dando a impressão que não lhes chega a mama querendo também a vaca.
Sampaio ao afirmar que «o papel do Estado tem de ser melhorado para dar resposta às expectativas dos cidadãos e para restabelecer a sua confiança, que está abalada nos mecanismos da democracia representativa» erra na receita e na concepção de Estado.
Não queremos um Estado paternalista; nós é que fazemos e ajudamos o Estado. O que os portugueses precisam é menos Estado, menos partidos e mais responsabilidade. Quanto mais Estado mais parasitismo. O Estado tem de se limitar a assegurar as funções fundamentais, como, infra-estruturas, defesa, ordem interna, administração e criação do enquadramento propício ao desenvolvimento livre de cada um e na defesa para os cidadãos poderem dedicar-se às tarefas individuais e sociais para seu bem e no sentido do bem – comum. O Estado hoje já não consegue dar conta do recado. Dar-lhe mais encargos pior ainda. Reestruturem-no primeiro e depois falem.
Sampaio lamenta a fraca participação nos actos eleitorais. Mas o problema maior é que o senhor Jorge Sampaio o que quer é mais Estado e mais partido e isso significa menos povo, ou povo como verbo-de-encher! Mais que estratégias de mobilização do povo ao voto interessa uma política que o leve a participar mais.
António Justo
Alemanha

António da Cunha Duarte Justo

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“O Ouro Português” – Consciência da Nação

Uma Referência aos comentários, cf. Arquivo Setembro, tópico 7 (O Ouro Português).
O problema é que, ressalvada a má política do Estado Novo, enquanto que este pensava demasiadamente no futuro em termos de aforro, hoje a política só pensa no presente, recorrendo ao endividamento do país. Deste modo as gerações actuais vivem à custa das gerações futuras. A catástrofe financeira é previsível.
Hoje a Europa resolve os problemas do presente recorrendo à hipotecação do futuro, o que é prática geral obrigando todas as nações à mesma estratégia. Mais que o empenho por uma política inovadora administra-se a miséria.
Aqui está a diferença. Se ontem havia consciência de Estado hoje só há consciência de poder. A nação está cada vez mais partida. Sofre do mesmo vício que conduziu a democracia grega à decadência. Se nesse tempo eram os sábios que usavam e abusavam do seu discurso, longe do povo, hoje é a verborreia partidária sem raízes na nação.
Se uma dona de casa se permitisse administrar o lar tal como a política governa a Nação logo seria apelidada de insensata e deixaria de ter credibilidade nos bancos e nos vizinhos. Os nossos administradores porém continuam a ter crédito porque os que pagam a factura e que os poderiam desacreditar são as crianças de hoje e estas não têm voz. Naturalmente que o dinheiro é uma grandeza simbólica que se baseia na confiança mútua e naturalmente que um dia a política, a continuar assim, socorrer-se-á duma reforma monetária com uma desvalorização total que a desendividará à custa do empobrecimento dos cidadãos.
Por trás de tudo isto está uma prática demasiado democrática que atende à voz da mediania e não pode tomar medidas boas e necessárias em defesa do povo e da nação. Os partidos não têm coragem de atalhar o mal pela raiz porque logo seriam castigados nas eleições seguintes e seriam apelidados de despóticos.
Não podemos ter tudo: os benefícios dum governo autoritário e os benefícios da democracia. “O Óptimo é inimigo do bom”! O nosso povo sabe muito!…
Todos os sistemas têm os seus defeitos. O problema é que os superficiais encobrem os próprios defeitos falando dos defeitos dos outros! Um diálogo adulto suporia a análise das faltas dos outros em comparação com as próprias e não como é praxis.
António Justo

António da Cunha Duarte Justo

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Saramago no Paraíso dos Ateus

A Luta é a mesma só as espadas é que são diferentes!

Para Saramago o mundo seria mais pacífico se fosse ateu! Talvez se refira à paz dos cemitérios, ou já se esqueceu das barbaridades executados no século passado em nome do socialismo ateu, do nacionalismo, do racismo, da ciência, dum certo iluminismo, que bateram todos os recordes da História.
José Saramago escreve bem mas não é suficiente. Não chega escrever bem, também é preciso pensar mais e mergulhar na sabedoria do mundo para a tornar visível. Não basta chegar-se às “honras dos altares” e depois viver-se dos devotos ou estar-se à disposição de interesses políticos de forma camuflada servindo morais tão dúbias como aqueles que critica na “cassete” contra a Igreja.
Do alto do seu palco Nobel pode aproveitar para atirar as suas farpas e servir mesmo de cavalo de tiro para muitos envergonhados ou sorrateiros que em nome da literatura procuram levar a brasa à sua sardinha! Esta tem sido a táctica de muitos iluminados enredados por essa Europa fora através de grupos discretos com assento nas capelas dos Governos e na “Roma Nobel”. Sempre nas cruzadas, ou melhor, nas turradas entre curro e a praça, em que o touro é a nação e o povo é bancada. Trata-se de difamar a cultura nacional ou europeia em nome da descultura. É ainda a hora da desaculturação para chegarem à desculturação, em nome do internacionalismo e da razão francesa iluminada. Querem só luz sem lâmpada, pretendem um humanismo sem Homem. Por outro lado fomentam um povo religioso mas sem Deus; a devoção é imprescindível é mesmo o óleo na engrenagem dum poder em que Deus estorva.
Sob o palio Nobel, Saramago proclama a guerra santa contra o mundo dos cruzados e contra um cristianismo que o incomoda, mas de que continua obsessivamente dependente. Este é para ele uma insónia de povo com odores de cristão a que reage distanciando-se, como filho ingrato, duma cultura que lhe deu o ser. Deforma o passado comprazendo-se em desenterrar os mortos como se o presente não tivesse males suficientes em que se pudesse deleitar. De cadeado atado ao comunismo, filho pródigo do cristianismo, berra a sua fúria ao céu dos seus seguidores numa tentativa desesperada de legitimar o seu marxismo ateísta.
Naturalmente que não quero estragar a imagem deste santo necessário nos devocionários comunistas ou socialistas marxistas. O que é ilegítimo é que ele transforme tudo em tapete para a sua ideologia. É mais fácil falar dum passado que não entende e deformá-lo do que encarar o presente de que vive. Ao falar-se mal dos distantes desviam-se os cães de caça da própria fazenda.
Ultimamente Saramago disse em Turim “ O mundo seria mais pacífico se nós fossemos todos ateus”. Este acto de fé dum pretenso ateu peca do pecado original crónico da hegemonia. É que o mundo é diverso e a diferença é o dado mais evidente na natureza, o que o senhor Saramago (não digo senhor José, para o diferenciar) não quer aceitar. O homem ateu e o homem religioso participam da bondade e da maldade comum. A esperança comunista numa sociedade ateia e sem religião, em que a única devoção permitida era a devoção política, foi-se pela água abaixo com a queda da União Soviética que tinha em poucos anos conseguido, na barbaridade, arrumar a Idade Média para um canto.
Talvez por isso Saramago continua “eu próprio sou ateísta, mas eu creio, que se houver Deus então tem de ser só um Deus e para todos o mesmo”. José Saramago, aqui deixou o rabo bem de fora! E aqui é que está a diferença entre comunismo e cristianismo, entre uma sociedade fechada e uma sociedade aberta. Enquanto que para o mundo cristão todo o ser humano é feito à imagem de Deus, o senhor Saramago quer um deus despótico à imagem dele (Saramago), um ídolo. Aqui se distanciam Saramago e o comunismo do povo, da pessoa humana e do cristianismo. Querem tudo igual à sua ideologia esquecendo que o rosto de todo o ser humano seja ele cristão ou ateu é imagem de Deus e na diferença se reconhece o divino. O que perturba muito boa gente é o facto da proibição bíblica de se fazer uma imagem de Deus e o facto de ela elevar a pessoa à condição de filha de Deus, de Jesus Cristo. Para o cristão, o outro, o cristão anónimo, cada pessoa é um absoluto e não apenas um mero indivíduo. Deus já era povo antes do comunismo mas não era ditador e aqui é que está o busílis da arte de governar. Se o povo Judaico vive e viverá, é pelo facto de não ter deixado de ser povo e este manteve-se em torno do seu Deus e da sua bíblia. O mesmo se poderá dizer do cristianismo e da cultura cristã. Naturalmente que tudo é processo dinâmico. A fórmula da unidade na diferença conseguiu-a a sabedoria cristã na doutrina da trindade. Esta porém corresponderá a uma espiritualidade em fermentação que remonta aos primeiros séculos da Igreja se segue na mística e em Teilhard de Chardin.
Saramago gostaria de um Deus Allah longínquo mais disciplinador e subjugador em que a liberdade individual é um vício e a pessoa está em função do grupo, um religião política; gostaria de nos ver todos muçulmanos mas graças a Deus que os cristãos cometeram o pecado das cruzadas a quem devemos o ser português.
Na apologia do seu mundo sem Deus acrescenta: “As religiões nunca contribuíram para que as pessoas se aproximassem umas das outras”. Mais um acto de fé ideológica sem Deus nem História. Se tivesse estado um pouco atento nas aulas de antropologia e de sociologia certamente que se tinha dado conta de que a imagem de Deus e da pessoa estão intrinsecamente ligadas ao processo de formação individual e cultural!… Há uma inter-relação condicionante. Isto independentemente da questão pontual ontológica de Deus. A ética do Sermão da Montanha, do amor ao próximo, da dignidade divina do ser humano, da justiça embora lhe passasse um pouco desapercebida deixou rastos atormentando-o na sua acção política. Naturalmente que nos dias de hoje o islamismo descredita as religiões tal como aconteceu com o comunismo.
O problema fundamental que está por detrás das insuficiências religiosas, científicas, políticas, ateístas, fascistas, comunistas é que, todos, em nome da raça, da nação, do povo, da ciência ou de Deus partem dum estado de consciência dialéctico baseado no espírito grego e dualista persa que apreendem a realidade sob a perspectiva de dois princípios antagónicos, dialéticos, quando a fórmula da realidade trinitária é polar e integradora não sendo exclusiva nem dicotómica. O indivíduo e o todo, Deus e a matéria não se opõem mas constituem um todo relacional em que 1 é igual a três salvaguardando-se a individualidade pessoal e a comunidade (Eu-Tu-Nós; Pai-Filho-Espírito Santo, Deus-Matéria-Vida). Nesta fórmula a luta continua mas não é exclusiva e nela há lugar também para gurus e principiantes, “bons” e “maus”. Não há mera exclusão ou negação, há complementação relacional na aceitação da diferença e da igualdade. Ser tudo em todos. Este é o melhor paradigma, o melhor programa!

António da Cunha Duarte Justo

António da Cunha Duarte Justo
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