O INÍCIO DA SUBMISSÃO – TRIBUNAL LEGITIMA RACISMO

TRIBUNAL LEGITIMA RACISMO

Um tribunal distrital de Frankfurt deu razão à companhia aérea “Kuwait Airwais” que se negou a transportar um passageiro israelita de Frankfurt para Bangkok (ZEIT 48, 2017). O tribunal decidiu que o transporte pela “Kuwait Airwais” seria inoportuno (“Unzumutbar”)! O Tribunal dá assim um sinal que o racismo é aceitável!

Aqui a dignidade humana e o direito da pessoa são calcados aos pés, por uma companhia aérea que opera a nível internacional e se permite discriminar pessoas pelo facto de pertencerem à raça judia. Os direitos humanos são subjugados às questiúnculas entre culturas. Imagine-se que a Lufthansa ou a Linha Aérea Israelita El Al Ltda. se negasse a transportar muçulmanos ou pessoas de países adversários!

O Governo alemão, frente à imprensa crítica, reagiu à decisão do tribunal e quer falar com o governo do Kuwait.

O problema mais grave é o da Justiça com a decisão que tomou.

O teor do julgamento ao ter compreensão para a companhia aérea não violar as leis do próprio país, reconhece à companhia aérea poderes policiais! O controlo nos aeroportos é, porém da competência do Estado onde o passageiro parte! Porque deve o tribunal de Frankfurt legitimar ou sentir-se advogado de um comportamento ilícito de uma companhia aérea?

O israelita fez apelação da decisão do tribunal e um tribunal superior terá de rever o processo. O advogado do israelita tem toda a razão ao dizer, que era inaceitável que as leis locais fossem prejudicadas pelo racismo patrocinado pelos órgãos de outros estados.

Não se ouvem protestos!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

10 comentários em “O INÍCIO DA SUBMISSÃO – TRIBUNAL LEGITIMA RACISMO”

  1. Muito obrigado caro amigo pela colocação da Informação do ZEIT online que refere que o Governo federal interfere na disputa sobre a proibição de voos para israelitas.
    O Ministério Federal dos Negócios Estrangeiros cita o julgamento sobre a proibição de voos para israelitas na Kuwait Airways como “incompreensível”. O governo federal quer conversar com as autoridades do Estado do Golfo”.

  2. Caro Manuel Campos, mais uma vez obrigado pela documentação! Que o governo se intrometa agora é louvável e mesmo obrigatório. O problema em conversa é o da justiça com a decisão que tomou.
    Não esqueci porque se tratava apenas do facto de um tribunl alemão ter anuído a interesses estranos! O teor do julgamento ao ter compreensão para a companhia aérea não violar as leis do próprio país, reconhece à companhia aérea poderes policiais! O controlo nos aeroportos é porém da competência do Estado onde o passageiro parte! Porque se deve o tribunal de Frankfurt legitimar ou sentir-se advogado de um comportamento ilícito no próprio país? A imprensa noticiou criticamente o sucedido. Não vi na imprensa notificação de protestos de rua! Que o israelita tenha apelado está no seu direito e naturalmente um tribunal superior terá de rever o processo. O advogado do israelita tem toda a razão ao dizer, que era inaceitável que as leis locais fossem prejudicadas pelo racismo patrocinado pelo Estado de outros

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