ÂNGELA MERKEL CONTRARIA TRUMP

Trump repetiu (a 18.06.2018) a sua afirmação anterior de que a crimimanalidade na Alemanha, em consequência da imigração, aumentou significativamente.
Ele acusou as autoridades alemãs de publicarem números falsos sobre as taxas de criminalidade.

A chanceler, sibilicamente, respondeu que a estatística apresentada fala por si: “Nós vimos nela um leve desenvolvimento positivo”!

António da Cunha Duarte Justo

POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS DA CONTROVÉRCIA NO GOVERNO ALEMÃO SOBRE IMIGRAÇÃO

Novas configurações políticas na Alemanha/Europa

António Justo

O que acontece na Alemanha não pode passar desapercebido a todos os países da Europa.

Segundo um inquérito do INSA sobre tendências de opinião na Alemanha, a controvérsia entre os dois partidos do CDU/CSU (centro direita) tem como resultado, na opinião pública, a descida de perspectivas da CDU-CSU de 31% para 29%; o SPD (centro-esquerda) subiu de 17 para 18%; os outros partidos estagnaram: AfD 16%, “die Linke” (a Esquerda) 12 %, os Verdes 11% e o FDP 6%.

Da sequência das turbulências no Governo alemão entre os partidos irmãos CDU/CSU parece iniciar-se uma reorganização partidária na Alemanha como principal reacção à política nacional de refugiados políticos e refugiados económicos e à concorrência da AfD.

Se o assunto do contencioso sobre imigração entre a Chanceler e o Ministro do Interior não for resolvido a nível da EU, tudo leva a crer que, atendendo ao ultimato do Ministro, a coligação governamental corra grande riso de falhar e na consequência haver novas eleições.

Neste caso seria do interesse dos partidos da União concorrerem para eleições em toda a Alemanha e não como até agora o CSU só na Baviera e o CDU fora da Baviera.

Segundo o inquérito referido, se tal se desse, a CDU e a CSU alcançariam 40% (CDU 22% e CSU 18%) dos votos. A CSU só teria a ganhar! Neste caso dar-se-ia m desvio de eleitores na constelação dos partidos: O AfD desceria de 16 para 11%, o SPD pelos 17%, a Esquerda 12%, os Verdes 10% e o FDP 6%.

Na Alemanha, 62% dos alemães apoiam a posição do ministro do interior Seehofer de requerentes de asilo já registados noutros países sejam obrigados a regressar a eles; 31% são de posição contrária.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

TURQUIA DIRIGIDA POR UM AUTOCRATA QUE ELABOROU O ESTADO À SUA MEDIDA

Turcos defensores do sistema antidemocrático venceram as eleições também na Alemanha

António Justo

 

Nas eleições de 24 de Junho, o autocrata Recep Tayyip Erdoğan obteve 52,5% dos votos e o candidato da oposição Muharrem İnce, 31%; este quer que Erdogan actue como presidente dos 80 milhões de turcos e não apenas como presidente de um partido. Erdogan tem o poder assegurado até 2023, ano em que a Turquia celebra o seu centésimo aniversário.

 

Na Alemanha há 1,44 milhões de eleitores turcos: destes, metade participou nas eleições da Turquia tendo havido 64,78 dos votantes por  Erdogan e 21,88%  pelo seu opositor Muharrem.

 

Se tivermos em conta a percentagem dos tucos votantes na Alemanha e na Turquia, os turcos que vivem na Alemanha já desde os anos 60 demonstram menos senso democrático ocidental do que os que vivem na Turquia.

 

O ex-chefe dos Verdes, Cem Özdemir, criticou o comportamento dos seus compatriotas na Alemanha dizendo: “expressam assim a rejeição da nossa democracia liberal”. O partido FDP atesta à Alemanha falha na integração e o partido A Esquerda critica o governo alemão por fortalecer a Turquia com a sua política exterior.

 

Com a eleição de Erdogan, o cargo de Primeiro Ministro é abolido, sendo Erdogan Presidente e Primeiro ministro na mesma pessoa; ele tem o poder de nomear e demitir os ministros e de governar através de decretos; pode até, através de decretos, cancelar e ignorar decisões parlamentares. Erdogan é um perigo para a Turquia e para a Europa e fará tudo por fortalecer o “Turquistão”. Fomenta o islamismo e demole consequentemente a herança democrática e laicista do fundador da Turquia Ataturk. Tem mãos livres para governar com os seus métodos de estado policial.

 

Num país onde mais de 90% da imprensa se encontra limitada e que teve uma campanha eleitoral com mais de 85 por cento do tempo de publicidade na TV para akp e mhp explica tais resultados.

 

O Estado turco, impulsiona a islamização da Turquia e também o islamismo na Alemanha através do envio de Imames e da grande rede da confederação DITIB (União Turco-Islâmica de Mesquitas e associações). A política negligente alemã no que respeita à integração turca na Alemanha tem fortalecido as forças turcas antidemocráticas a ponto de a associação das mesquitas turcas ter poder para, nalguns estados, nomear professores de religião para escolas públicas e das forças retrógradas serem fortificadas.

 

Os refugiados da Turquia aumentarão e com eles os conflitos a nível diplomático; além disso a rota de refugiados da Turquia abrir-se-á de novo, a não ser a preço de dinheiro menos limpo.

 

A EU pagou seis mil milhões de euros à Turquia para alojamento de refugiados (para os impedir de virem para a EU). Depois de uma análise do paradeiro do dinheiro, verificou-se que foi usado para o desenvolvimento de infraestrutura de saneamentos e esgotos e no sistema escolar. Facto é que a EU viu extremamente diminuída a entrada de refugiados na Europa.

 

Hoje já há centros de recolha na Líbia, em Ceuta e em Melilla (Espanha).

 

A perseguição aos Curdos vai aumentar e com ela a fuga de cidadão curdos do país. Erdogan sabe que quem faz guerra sobe na consideração internacional; desta maneira torna-se parceiro de conversações, tal como pôde constatar nas suas incursões contra os Curdos na Síria/Iraque. Guerras distraem o povo de outras relaidades.

 

Nesta época está-se a dar uma reviravolta social que fomenta regimes mais autoritários em consequência da crise não resolvida. Estas são as andanças que qualquer democracia tem de suportar porque a alma da democracia é o cidadão. E o cidadão é soberano e também pode optar por ser antidemocrático.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM PORTUGAL

“Em Portugal há líderes islâmicos a recomendar a mutilação genital feminina”

Já não chega o véu na cabeça que os homens impõem às mulheres, como acto de subjugação feminina? Trazem para cá ainda mais este flagelo ainda muito espalhado em sociedades atrasadas.

Este acto desumano é usado como prevenção contra a infidelidade matrimonial e também em defesa da poligamia! São medidasao serviço do primitivismo do homem, à custa da mulher!

Quem efectua tais práticas deveria ser severamente castigado pela lei tal como quem for conivente. Ao mutilarem o clitoris da mulher não só lhe roubam o prazer como também mutilam e escravizam a sua alma para toda a vida.

Um Imam que defenda tal prática deveria ser extraditado.

https://www.rtp.pt/noticias/pais/em-portugal-ha-lideres-islamicos-a-recomendar-a-mutilacao-genital-feminina_es1081185

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

NÚMERO DE REFUGIADOS EM 2017

 

António Justo

No seu relatório anual  “Tendências Globais”, o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) informa que 68,5 milhões de pessoas em 2017 se encontravam deslocadas por guerras e conflitos.

Em 2017 viviam 19,9 milhões de pessoas num outro país como refugiados. 70% desses refugiados provêm de 5 países: da Síria 6,3 milhões, do Afeganistão 2,6 milhões, do Sudão do Sul 2,4 milhões, de Mianmar 1,2 milhões e da Somália 1 milhão.

Os países com mais refugiados são Turquia (3,5 milhões), Paquistão 1,4 milhões, Uganda 1,4 milhões, Líbano 1 milhão, Irão 1 milhão e Alemanha 1 milhão. 52% dos refugiados são menores.

Deu-se uma redução no número de refugiados que vêm através do Mediterrâneo; este ano, até meados de junho, vieram 40.000.

A maior parte dos refugiados na Europa vêm através da Itália e da Grécia.

Entre janeiro e março de 2018 houve 34.400 requerimentos de asilo na Alemanha. Na EU o número de requerimentos reduziu-se de 15% (houve 131.000 requerimentos).

Em Portugal em 217 foram feitos 1.749 pedidos de asilo dos quais, 500 viram confirmados o seu pedido de reconhecimento do estatuto de proteção internacional. Muitos refugiados seguem de Portugal para o Norte da Europa, por isso a política europeia orienta-se no sentido de refugiados que já tiveram entrada num país da EU possam ser reenviados para o país onde primeiro foram registados ou onde tiveram entrada.

Os Estados Unidos foram o país a registar o maior número de pedidos (330.000) essencialmente provenientes de cidadãos de países da América Latina. Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), os EUA superam a Alemanha que desde 2013 liderava a qualificação.

Cada vez se torna mais difícil distinguir entre refugiados políticos e refugiados económicos.

Encontramo-nos numa luta de culturas em que a Europa só se interessa por ganhar a económica. Mas como civilização ocidental, de cunho Judeo-cristã e greco-romano, temos deveres para com outros povos e para com o próximo sem esquecer a outra máxima evangélica: “ama o próximo como a ti mesmo”, sem esquecer o “como a ti”!

A hospitalidade faz parte da tradição bíblica e também Jesus foi migrante perseguido e recomenda: “Era peregrino e me acolhestes” (Mateus, 25) … “Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’ (Mt 25.35-36). Para o cristão vale: „Já não há judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas, 3).

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo,