António Justo
Os EUA tiveram a força moral de manifestarem em relatório público a descrição pormenorizada da sua má conduta para com prisioneiros depois do atentado de 11.09.2011. A CIA argumentou que a tortura da água e da retirada do sono empregadas levou a confissões que impediram outros atentados e terão ajudado a descobrir o paradeiro de Osama Bin Laden, o inimigo número 1 dos EUA.
Este proceder, além de reprovável é um mau exemplo para Países sem Estado constitucional. O mau comportamento americano serve, por vezes, de cobertura e desculpa para estados onde a mentira e o mal são razão de Estado.
Pactuar com a Tortura é pactuar com o Diabo, dizia um jornalista alemão. Os fins não podem justificar os meios nem inflacionar as altas guias éticas ocidentais.
Já em 1700 Frederico o Grande ordenava que, em interrogatórios policiais, não houvesse tortura, excepto para “grandes assassinatos”. Entretanto os nossos Standards éticos evoluíram. Precisa-se de um jornalismo crítico e atento para que o Estado considere a dignidade da pessoa humana como o maior bem. Por todo o mundo grassa a raiva indomável. Se os Estados não lhe colocam entraves continua a acontecer também o que ontem relatava a Fundação AIS, isto é, em cada 5 minutos que passam é assassinado um cristão no mudo por motivos de ser cristão e no Iraque e na Síria são assassinados cristãos e muçulmanos, onde até é proibida a música e rir alto. Os Estados toleram ou fomentam activamente a violência no seu seio e nas instituições. Acima das instituições, sejam elas políticas, religiosas ou económicas está a pessoa.
António da Cunha Duarte Justo
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