No âmbito da sua visita à documenta, o Presidente da União Europeia, em conversa com a HNA, jornal do Norte do Hesse, afirmou: “A exposição mundial mais importante da arte contemporânea é uma escola da globalização”. Ele vê com bons olhos o facto de “na Europa o interesse na arte aumentar”. Refere também que a Europa precisa duma atitude cultural fundamental, não se devendo limitar a tratar apenas de economia e de política. A arte torna-nos conscientes das questões com que a humanidade se defronta. Ela age contra a tendência para as simplificações. Barroso acha um paradoxo o facto de, na Europa, apesar de nunca ter havido tantas ofertas no sector da formação, muitas coisas ainda continuarem a ser apresentadas duma maneira populista e simplória nos Media.
Ele vê em Kassel uma cidade modelar para a Europa pelo facto de unir a consciência histórica com a inovação tecnológica.
Em direcção a Berlim, que se vê em palpos de aranha para dominar o islamismo pretendendo para isso uma lei que permita espiões, a nível de Internet, nos computadores particulares no sentido de encontrar pistas terro0ristas, Barroso deixou um recado. No que toca ao combate ao terrorismo “a liberdade pessoal e a necessidade de segurança têm de ser equilibradas. Não se deve sacrificar tudo à segurança. Nós queremos impedir a infiltração do Estado na esfera privada do cidadão”.
Quanto ao tratado de reforma da UE afirma: É melhor que países como a Inglaterra excluam algumas partes do novo contrato do que baixar o nível da regulamentação.”
António Justo
Kassel, 10.09.07