DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O ACOLHIMENTO DE REFUGIADOS NA ALEMANHA EM 2017

Em 2017 houve 186.644 requerentes que solicitaram asilo. Em 2016, o número foi de 280.000 e em 2015, 890.000 refugiados

Em 2017, foram decididos mais de 603.428 pedidos de asilo; um terço deles eram processos de anos anteriores (cf. HNA,17.01.2018).

Dos 603.428, foi concedida proteção permanente a 262.000; a estes acrescentam-se 124.000 reconhecido devido à Convenção de Genebra. Todos estes adquirem direitos iguais aos alemães com a excepção do direito de votar. Com estatuto inferior foram reconhecidas 98.000 pessoas com proteção subsidiária (permissão de residência limitada, inicialmente por um ano). 40.000 não teriam direito a ficar, mas, devido a situações perigosas nos países de proveniência, são tolerados. A recusa existiu em 232.000 casos e 18,1% deles já tinham seguido para outros países.

O governo alemão (União e SPD) pensa colocar um limite de acolhimento anual de 220 mil refugiados.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

O PRESIDENTE TURCO INFRINGE DIREITOS INTERNACIONAIS

A Turquia invadiu a Síria para atacar os curdos que vivem no “Curdistão” sírio e ainda tem o cinismo de admoestar a Síria pelo facto desta os querer defender em sua casa.

A Alemanha de Merkel, em vez de se declarar contra Erdogan que abusa do facto de ser membro da NATO, levanta o dedo contra Putin na sua declaração de governo, sem sequer nomear Erdogan!

O negócio das armas com a Turquia e os interesses económicos são o movente da política e não a estabilização da região. A Alemanha distancia-se das gentes e das nações para favorecer uma política de blocos.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

GENOCÍDIO TURCO AOS ARMÉNIOS

O PARLAMENTO DOS PAÍSES BAIXOS TENCIONA RECONHECER O MASSACRE CONTRA OS ARMÉNIOS COMO GENOCÍDIO

O parlamento do Países Baixos tenciona reconhecer como genocídio (holocausto) o homicídio em massa cometido contra a Armênia no Império Otomano. O assassinato em massa e as deportações da Armênia exterminaram, a partir de 1915, um milhão e meio de membros da minoria cristã. A Turquia não aceita a designação de genocídio.

António Justo

BISPADOS ALEMÃES DISPONIBILIZARAM 147 MILHÕES DE € PARA REFUGIADOS

Os 27 bispados alemães e as agências católicas de ajuda a refugiados no ano de 2017, disponibilizaram 147 milhões de euros para ajuda aos refugiados: 69,4 milhões de euros para a promoção de iniciativas na Alemanha e 77,6 milhões de euros para projectos de ajuda nas regiões em crise. Esses números são mínimos porque neles não estão incluídos os das ordens e congregações religiosas da Alemanha nem de muitas organizações da igreja.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

463 723 MEMBROS DO SPD DECIDEM SOBRE A REALIZAÇÃO DE UM GOVERNO DE COLIGAÇÃO (GroKo) CDU/CSU e SPD

As Dificuldades de Formação de Governo na Alemanha preludiam uma nova Era política na Europa

António Justo

O último inquérito coloca o AfD, com 16%, à frente do SPD (15,5%), CDU (32%), FDP (9%), Esquerda (die Linke) (11%) e os Verdes (13%).

Com este resultado, barómetro da impaciência da população, já só se pode prever a aprovação da coligação pela base do SPD. A negação da ala mais esquerda do SPD ao acordo tem prejudicado a imagem pública do partido. Dado no acordo da acção governativa o SPD ter sido sobejamente beneficiado na distribuição dos ministérios e ter conseguido muitos pontos de política de esquerda no acordo, torna-se difícil fazer compreender ao povo a divisão no SPD. Para os países do Sul a GroKo seria uma bênção: manteria a política de baixos juros do Banco Central Europeu, o que beneficia sobretudo quem não tem capital, relaxaria a política de poupança também na Alemanha e proporcionaria mais transfere de dinheiros alemães para a zona Euro.

De 20.02 até 2 de abril dá-se a recolha dos boletins de voto dos membros do partido socialista alemão para decidirem da aprovação do compromisso para o governo de coligação CDU/CSU e SPD. Os 2.300 membros do SPD que se encontram no estrangeiro podem votar através de internet. 

O jornal “Avante” do SPD imprime uma Edição especial com o acordo de coligação de 177 páginas, e que é distribuído aos membros.

Um mínimo exigido para aceitação ou recusa da votação é de 20%. Em 2013 votaram sim 75,96% e não 23,95%.

Os custos com a votação cifrar-se-ão em dois milhões de euros, tal como aconteceu em 2013.

A questão que muitos alemães se colocam é se o partido social-democrata (SPD) tem legitimação para decidir sobre o compromisso alcançado com os Cristãos Democratas (CDU) e com a União Social-Cristã (CSU) em fevereiro 2018.

Com a decisão democrática dos membros do partido, o SPD é beneficiado no discurso da opinião pública com a reapresentação pública dos seus objetivos. Por outro lado, os membros do SPD ficam muito mais bem informados, sobre a política do governo, em relação aos votantes dos outros partidos. Isto é, porém, o mérito do SPD que permite o exercício de democracia direta no seu partido.

O medo de novas eleições determinou todo o processo de conversações para uma coligação. O medo e a confusão dentro do SPD correspondem à atmosfera de uma sociedade de estômago cheio, mas com medo de ter de dar algumas das suas gorduras à EU. A organização patronal também protesta contra o compromisso.

O povo alemão, com voz, gosta de discursos bonitos, mas, orientam-se por conclusões e bons resultados.

Epidemia partidária cada vez mais geral

A democracia economicamente mais forte da Europa começa a sofrer no parlamento problemas semelhantes aos dos países do sul. O baile dos partidos e ultimamente da CDU/CSU e do SPD em torno de uma Grande Coligação (GroKo) torna-se insuportável.

Depois dos grandes estadistas alemães Adenauer, Erhard, Wehner, Straus, Brandt, Schmidt, Kohl que lutavam, primeiramente, para o bem geral da Alemanha, apesar de diferentes concepções, deparamos hoje com uma geração de políticos que parece demasiadamente preocupada com táticas de poder e com a defesa do seu rosto/posto para poderem ser reeleitos. Mais que o serviço ao país, a preocupação parece tornar-se mais, o bem do partido, eventuais eleições, pensões e dietas. Esta epidemia própria de países latinos já se encontra no seio das sociedades nórdicas!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,