DECLARAÇÃO DE LISBOA SOBRE OS DIREITOS DOS IDOSOS

Realizou-se em Lisboa a 21 e 22 de Setembro a 4.ª Conferência Ministerial da UNECE sobre o Envelhecimento.

Foi um evento muito louvável atendendo às resoluções tomadas, reconhecedoras da dignidade e da importância do papel e do potencial dos idosos na sociedade.

Todas as medidas que proporcionem a fase do envelhecimento com dignidade são mais que justas para com uma parte da sociedade que contribuiu imenso para o bem-estar da sociedade e que não se encontra abrangida pelas reformas do Estado.

Há tantas potencialidades, tanto saber e tanta riqueza adquirida escondida que é preciso disponibilizar para uma sociedade activa mas absorvida pelos problemas do dia a dia.

Uma sociedade que se dá ao luxo de dosear os nascimentos não pode discriminar os mais idosos.

Junto aqui a DECLARAÇÃO MINISTERIAL DE 2017 EM LISBOA

Em Portugal grande parte dos reformados recebem reformas de miséria cujos aumentos não cobrem sequer a inflação nem acompanham os aumentos dos ordenados.

Isso deve-se também ao facto de não estarem cobertos pelos interesses dos sindicatos nem pela classe política que não tematiza, em programas de eleições a defesa eficiente dos reformados. Isto explica-se pelo facto de os próprios reformados não estarem conscientes da sua força na balança dos votantes e se deixarem distrair com aumentos ou promessas de algum prémio de “10 euros”.

 

António da Cunha Duarte Justo

O PROTESTANTISMO E A EMANCIPAÇÃO NA EUROPA – Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Apresentação do Livro

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É com gosto que vos apresento o livro de informação e reflexão sobre o legado protestante na cultura ocidental e a afirmação de Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política.

Se clicar nalgum dos Links indicados em baixo, poderá ver o índice e ler alguns excertos do livro, que também pode adquirir.

Desde já lhes fico muito agradecido pela atenção

António da Cunha Duarte Justo

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ESPANHA: DEMOCRACIA CONTRA Democracia

Estado de Direito faz Aprisionamentos por Razões políticas

António Justo

No contencioso entre Madrid e Barcelona não se está a fazer uso do Direito contra infracções criminais, o que se está a dar é política contra política! O Governo democraticamente eleito de Madrid, não quer resolver assuntos políticos no foro político; Mariano Rajoy prefere comprometer o direito, mandando prender 8 Conselheiros do governo da Catalunha democraticamente eleito! Carles Puigdemont com outros quatro políticos encontram-se “refugiados” na Bélgica; estes foram agora visitados por 200 autarcas catalães apoiantes. O assunto é demasiado complexo e triste para todos, não podendo ser resolvido com uma simples opinião do pró ou do contra. Aqui seria mais adequada uma posição mais conforme à mentalidade católica portuguesa do “não só…, mas também”! (Em caso extremo, ora-se pelo réu!…)

Autoritarismos, precipitações dos dois lados e a falta de diálogo criam situações embaraçosas para todos. Rivalidades e nacionalismos encontram aqui uma manjedoura abarrotada; também na Bélgica!

Enfim, democracia contra democracia! E o povo que as pague! Na secura da governação as ruas enchem-se de povo a passear a democracia, na sombra da paisagem. Tudo quer, tudo acusa, mas a culpa é do verão.

Carles Puigdemont cometeu erros, (ao ser inflexível e podendo ter recorrido a eleições numa população de 7 milhões); por outro lado a maneira como Madrid reage é autoritária, não é democrática.

A democracia que conhecemos, nunca pode partir de uma posição de poder “soberano”, ela é de si limitada por ser um sistema repartido e viver de interesses agrupados num jogo de eleitos contra eleitos. Não é democrático tentar resolver questões políticas com medidas penais; Mariano Rajoy não pode aprisionar milhões de pessoas nem os seus representantes.

Também a EU não se encontra preparada para conflitos semelhantes aos da Catalunha e, embora a Catalunha seja favorável à EU, a Bruxelas não se comportou bem ao tomar partido pelo governo de Madrid, muito embora dizendo que aquilo era um assunto interno de Espanha.

O centralismo facilita a governação, mas tem que estar consciente que a sua força se dá à custa do empobrecimento dos mais fracos e das regiões. Daí a necessidade de cautela para que as diferentes forças não acordem para a violência.

Mariano Rajoy tem de renunciar à prisão dos políticos catalães e terá de se abrir no sentido de fortalecer a autonomia (exemplo Tirol) catalã na mesa das conversações. Agora trata-se de arranjar maneira como tirar as sardinhas das brasas.

O argumento do cumprimento da lei é insuficiente porque a lei assemelha-se a uma cama que depende de quem a faz e de quem se deita nela! Até 2012 Barcelona estava contente e até lá também se observava a lei; foi um erro do Tribunal Constitucional de então ter reduzido os direitos de autonomia da Catalunha que se sente discriminada também em relação ao país Basco.

Na guerra civil de Espanha (1936-1939) os catalães combateram ao lado dos republicanos contra os nacionalistas, lutaram contra Franco porque receavam então perder direitos autónomos.  Com a victória de Franco foi estabelecido um Estado centralista.

Mão dura só pode levar a extremismos e ao uso da violência. A Catalunha tem uma memória de muitos séculos que também deve ser respeitada enquanto o povo o desejar.

 

António da Cunha Duarte Justo

 

ANTISSEMITISMO – UM CARCINOMA ALIMENTADO PELO PRECONCEITO E PELA INVEJA

Judeus preocupados com o crescente Antissemitismo na Europa

 

António Justo

O antissemitismo é irmão do racismo; ambos têm de comum o ódio e o desdém pelo outro.

Segundo estudos feitos recentemente, o crescente antissemitismo estará em relação com o aumento dos muçulmanos nas metrópoles da Europa. Antissemitismo, como racismo, é um fenómeno muito complexo com muitas causas e explicações; ele surge, sobretudo em tempos de crise, quando se procura desesperadamente fazer um diagnóstico dela. O mal encontra-se na cabeça e no coração das pessoas; a solução é defrontarem-se os problemas e não as pessoas.

No mundo há 14, 2 milhões de Judeus. Em 1990 o número de judeus na França era de 518.000 e em 2016 era de 467.000. Em 2005 viviam 108.289 judeus na Alemanha e em 2016 viviam 98.594.

Em Portugal fala-se de “30% dos Portugueses descende de Judeus“,  mas o número de portugueses que se confessam praticantes da religião judaica, são cerca de “2.500, havendo certamente os que vivem o seu judaísmo confinado ao lar; a maioria são os sefarditas que são maioritários e os asquenazitas; quanto às correntes a maioria é ortodoxa, havendo uma pequena comunidade progressista em Lisboa, e grupos de oração da corrente conservadora (Masorti) em Sintra e Almada” (como responde Filipe de Freitas Leal, à pergunta que lhe fiz) . No Brasil há cerca de 100.000 judeus.

Judeus a sair da França, da Alemanha e de alguns países europeus devido ao antissemitismo

Muitos judeus temem pela sua segurança e ao sentirem-se ameaçados, optam por tornar-se invisíveis (deixam de trazer a kipá – gorra circular, com o significado de humildade perante Deus) e outros emigram para Israel, o que deixa muita pena nos países onde se encontram porque constituem uma comunidade integrada e que sobressai pelo seu trabalho em benefício de toda a sociedade.

Na Alemanha a revista “Berlin Judeu” passou a ser entregue em envelope neutro, para que os assinantes não sejam identificados e a probabilidade de inimizades não cresça. Depois das demonstrações em Berlim 2014, contra a guerra de Gaza e do atentado de Paris, muitos judeus sentem-se ameaçados. O Conselho Central dos Judeus na Alemanha adverte que: esconder-se não é o melhor caminho, mas que talvez não seja bom trazer a kipá em bairros com elevada percentagem de muçulmanos. Observa-se um crescente antissemitismo nos jovens muçulmanos.

O historiador Michael Wolffsohn menciona os resultados de uma pesquisa de 2016 sobre preconceitos contra judeus onde se verifica que 18% dos alemães e 56% dos muçulmanos, na Alemanha, têm preconceitos contra judeus e na França a quota é de 20% de população geral e 63% dos muçulmanos.

O director do Conselho Central dos Judeus na Alemanha diz no Süddeutsche Zeitung: “O antissemitismo faz parte da educação de algumas famílias muçulmanas. Através de gerações é transmitida às crianças, por todo o lado, a sensação de que os muçulmanos são reprimidos em todo o mundo por culpa dos judeus “. Welt am Sontag, também cita: “Muitas dessas pessoas que vieram para a Alemanha, vêm de países onde o ódio aos judeus e a hostilidade a Israel são razões de Estado”.

As teorias da conspiração de que os judeus governam o mundo é outra forma indirecta de antijudaismo. De facto, cria-se a impressão que se teria de aniquilar Israel para que não haja anti-judaismo.

O jornalista alemão Jakob Augstein concretiza: “Antissemitismo congrega ódio, racismo, teorias da conspiração e esoterismo”.

Reúne-se tudo numa só coisa; o ódio que une, é uma constante histórica intercontinental que se repete. Esconde-se no jogo de um “sim… mas” (p.ex.: o que os extremistas fazem é mau … mas os americanos estão na base!…).  Também há outras argumentações sem lógica, mas que estabilizam a indiferença e o antissemitismo; identificar o Estado de Israel com o judaísmo. O acoplamento das ideias “política do governo” de Israel com os Judeus é inadmissível. Israel serve de pretexto para o antissemitismo ser globalizado. 

 Uma política do olhar desviado tem facilitado o aumento alarmante do antissemitismo e da xenofobia na Europa. O interesse das classes dirigentes em não se defrontarem com os problemas e a tolerância de espaços livres à direita e à esquerda possibilitam viveiros de intolerância e de violência. O tema antissemitismo e xenofobia dividem a sociedade e é instrumentalizado para fins politiqueiros.

Torna-se insuportável a hipocrisia com que se combatem gestos e frases dos Nazis e não se ligue ao ódio cultivado e justificado a partir de uma instituição religiosa que age do centro da sociedade com frases sagradas fomentadoras do racismo e da exclusão e onde se equipara os judeus a “macacos e porcos” (Sura 5:60 no Corão). O problema está no facto de as frases do Corão não estarem sujeitas à análise histórico-crítica, sendo por isso de tomar à letra.

Mal da cultura que, em vez de deixar o amor e a compreensão como herança, deixa o ódio para os vindouros.

O povo judeu é dos mais pequenos do mundo, mas aquele que mais contribuiu e contribui para o desenvolvimento do mundo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

MUDANÇA GLOBAL DO CLIMA EXPRESSA NOS FOGOS EM PORTUGAL

A Poluição que mais provoca a Mutação climática a Nível mundial

António Justo

A natureza cada vez grita mais, deixando na paisagem as marcas da dor das populações e, no ar da recordação, a amargura do luto e do fumo. A felugem dos fogos cobriu os telhados das nossas casas, chegando a entrar por portas e janelas a avisar que o problema é de todos nós.

Cada vez mais nos tornamos testemunhas de períodos de seca alongados, instabilidades climáticas, fogos, ciclones e inundações. Incêndios monstruosos assolaram Portugal provocando 64 mortos em junho e 42 em outubro; na Galiza houve também 4 mortos e na Califórnia 31.

Temos que alargar o passo para acompanharmos a mudança e assim podermos mudar-nos com o clima, para podermos antecipar-nos a muitas das catástrofes e assumir novas atitudes e decisões.

É preciso dar-nos conta da mudança no clima. O Glaciares com o degelo das regiões polares, embora distantes, já se fazem sentir nas nossas praias com o aumento do nível do mar, com desertos e tempestades.

Observamos uma mudança na natureza que além de ser determinada pela radiação solar e fenómenos naturais, também se deve à maneira agressiva como o Homem se comporta em relação à sua companheira Terra e , além disso, a energia criminosa em acção.

O aumento da temperatura global torna-se decisivo nas alterações climáticas. O seu fator mais importante vem da produção de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono CO2 proveniente principalmente da queima de combustíveis fósseis, desflorestação, etc.

A mudança climática além das calamidades regionais, fortalece as desigualdades regionais existentes.

O Katar produz 35,77 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, por cabeça; a Arábia Saudita produz 17 toneladas, os EUA 16 toneladas, o Canadá 16 toneladas, a Alemanha 10 toneladas, Portugal 4,71 toneladas, Brasil 2,19 toneladas, Tanzânia 0,2 toneladas, Angola 0,16 toneladas. O dióxido de carbono ajuda a aumentar a injustiça que, embora favorecedora de alguns, é distribuída por todos.

O povo português, embora paciente, manifestou-se contra a avalanche dos incêndios e o governo reagiu com 11 medidas contra fogos; antes tinha havido o Relatório de Outubro 2017 sobre os incêndios e o puxão de orelhas do Presidente ao governo.  

Não chega mover os mecanismos de solidariedade, é urgente mudar de mentalidade. A plataforma eletrónica para gerir donativos às vítimas de Pedrogão registou grande solidariedade por parte dos cidadãos.  Resta, além da solidariedade com donativos muitas outra iniciativas  concretas a nível individual e colectivo, como plantar árvores, etc.

Quem desejar comparar as emissões de dióxido de carbono a nível mundial pode clicar aqui.

As mutações climáticas são de responsabilidade individual, nacional e mundial. A nível de poluição, os habitantes dos países mais pobres são os mais limpos, mas aguentam no corpo com as sujidades que advêm da nossa riqueza.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito