INÍCIO DA DEMOCRACIA EM PORUGAL: 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

Faz hoje 45 anos que foi posto fim à ditadura comunista em Portugal que se encontrava ao serviço da União Soviética e iniciada a 25 de Abril de 1974. Assim se inicia a democracia parlamentar pluripartidária em Portugal. As forças democráticas em torno do Coronel Jaime Neves puseram fim ao período instável que se vivia então.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A DISPUTA FAMILIAR ESCUSADA NUMA UNIÃO EUROPEIA DIVERGIDA

A Polónia e a Hungria bloquearam o Orçamento Europeu  e os apoios Corona

A Polónia e a Hungria interromperam o orçamento da UE e o pacote de ajuda Corona fazendo uso do seu veto. É uma decisão problemática, mas que há muito era de esperar, para quem seguia com atenção a discussão a nível europeu…

Se os políticos e jornalistas ocidentais não pararem, por razões ideológicas, de instigarem a opinião pública contra os governos democraticamente eleitos do leste europeu e continuarem na ameaça de os castigar monetariamente, causam sérios danos à comunidade europeia. Os dinheiros agora necessários para que os países ponham em andamentos as suas economias faltam mais que nunca.

Não reparam sequer na trave que trazem nos seus próprios olhos, convencidos que ao dinheiro tudo se verga.  De facto estão também a causar sérios problemas especialmente à Polónia e à Hungria, para quem a Alemanha (agora à frente da EU) tem uma grande dívida de gratidão e, neste sentido, a maioria da população provavelmente não consegue compreender porque é que precisamente a Alemanha queira ditar sentenças nas suas questões internas, precisamente neste momento. Com estes confrontos corre-se o perigo de ainda se desestabilizam mais as forças reformistas naqueles países.

A UE tem atualmente desafios mais importantes a ultrapassar. Os húngaros e polacos, ainda conscientes da sua soberania não desejam ceder aos planos da Alemanha de aceitar migrantes, mesmo em troca de pagamentos financeiros.

A UE tem sido severamente prejudicada durante anos com violações da lei. Também durante anos, a UE cometeu infracções como em questões da “No-Bail-Out-Klausel” do Acordo de Dublin (Cláusula de Proibição de Caução, onde se afirmava que um Estado-Membro da UE não pode ser financeiramente responsável por outro Estado). Também o acto unilateral humanitário e cristão da abertura das fronteiras alemãs ao fluxo migratório de 2015 teve como consequência a revisão (1) da Convenção de Dublin (Regulamentação relativa à imigração de refugiados na União Europeia), provocando a instabilidade nas fronteiras de vários povos da EU, vindo-se estes confrontados com a vinda incontrolada de povos muçulmanos e africanos.

A Alemanha, e na sua sequela a UE, não pode querer regular tudo apenas com medidas económicas. As questões ideológicas podem ser postergadas para uma melhor altura!

Em tempos de crise não se justifica desperdiçar-se tempo em guerra económica nem em guerra ideológica.

Deixo aqui claro que o texto não pretende tomar partido por nenhumas das partes mas referir aspectos que desapaixonem o assunto em discussão: De facto, também em nome do direito, potências mundiais têm interferido em África vendo-se como resultado o pioramento da situação naqueles países e a fuga da classe média para a Europa.

Em causa estão Estados de regime democrático, a serem respeitados, até porque ainda há pouco se libertaram da ditadura socialista, precisando de um pouco mais de tempo para se restabelecerem democraticamente.  O argueiro no próprio olho leva-nos a falar da injustiça naqueles estados e a calar a injustiça em Portugal. O facto de num país governar a esquerda e nos outros a direita não podem ser motivo para se branquear a injustiça num lado nem de a acentuar ainda mais no outro.

Para sair do empasse, outros 25 Estados poderiam, em vez do apoio Corona, criar um fundo de resgate ESM para o efeito, mas o autofinanciamento do fundo requer unanimidade.

De acordo com um inquérito, 70% dos polacos não são relutantes em apoiar a ligação dos fundos da UE ao Estado de direito.

A UE espera que a crescente exigência do povo polaco para a legalização do aborto e reconhecimento da homossexualidade levem o governo polaco a aceitar as condições exigidas pela EU. Bruxelas também espera que a pressão contra a corrupção na Hungria aumente e assim o governo esteja mais receptivo a reconhecer a ligação dos fundos da UE ao Estado de direito.

Importante é, juntos, combater-se a injustiça num lado e no outro. Torna-se necessário criar uma zona de discussão, à margem dos interesses, ou que tenha em conta todos os interesses e os considere com respeito e racionalidade para assim se chegar a compromissos. Doutro modo fomentamos a afirmação de polo contra polo, legitimando assim o clima guerreiro.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

 

  • (1) A revisão da Convenção de Dublin (Regulamentação relativa à imigração de refugiados) foi uma consequência dos grandes fluxos migratórios de 2015, quando o princípio de que o procedimento de asilo era da responsabilidade do país de primeira chegada, o que tornou o Regulamento Dublin II e III obsoleto. Para resolver o problema foi aprovado em Novembro 2017 o regulamento Dublin-IV. Com a introdução de Dublin IV, os requerentes de asilo passam a ter o direito de ir para o país onde já residam os seus membros da família ou familiares. O país em que residem os familiares dos requerentes será assim o responsável pelo processo de asilo. Assim se tentou impedir que a reintrodução dos controlos fronteiriços nas fronteiras internas da UE iniciada por alguns estados em 2015 devida à chamada crise dos refugiados.

 

 

 

 

RAÍZES

 
Encontramo-nos numa época em que a tendência é desenraizar as pessoas, desarreigar as famílias e alhear a pessoa da sua ligação à terra (fazer com que ela deixe de andar com os pés na terra!).
 
Deste modo, tornar-se-á mais fácil controlarar os cidadãos à distância, através de ideias e de regulamentações!
As pessoas passarão a ser mais dependentes e mais passíveis de doenças psicológicas.
As ideologias fomentadoras de fanatismo colocam a ideia sobre a pessoa, ontem como hoje e, assim, a pessoa passa a ser subjugada à ideia tornando-se seu mero objecto, a ponto de ser aniquilada (exemplos: comunismo, nazismo, islamismo, etc.).
 
Já o Diplomata e Psicoterapeuta Conde de Karlfried Dürckheim advertia:
“Tal como a copa de uma árvore desenvolve a sua vida apenas na medida do seu enraizamento, também o desenvolvimento do espírito depende da lealdade às suas raízes”.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

O TRUMPISMO É UM SOPRO DO TEMPO ONDE TODOS NÓS TEMOS ASSOPRADO

A Tragédia da Divisão da Sociedade
 
Trumpismo é uma corrente política em direcção à Europa para que governos e oposição têm contribuído: uns esticando à direita e outros esticando à esquerda!
Todos pensavam que passava mas parece ser apenas a crista da onda.

Estamos a passar da époa do consenso democrático partidário para a época da democracia das massas! Estas mostram-se alérgicas às maneiras da corte.


Uma população cada vez mais desconfiada de tudo e de todos, chega a pôr  tudo à deriva. Por isso quem não é cortês tem o apoio das bases mesmo que questione instituições necessárias numa democracia. Urge mudar de rumo, todos precisamos de mudança.

Neste tempo da informação democratizada reina a opinião mesmo contra os próprios interesses como se nota no fanatismo muçulmano. Em tempos de luta entre culturas tudo se relativiza.

A corrupção da esquerda no Brasil, a corrupção dos Democratas nos USA, o sorgir de novos egocrtas (narcisismo cultivado), uma Justiça em Portugal aplicada só aos pequenos, provoca o surgir de novos vícios.


O Trumpismo polariza e deste modo os polos tornam-se mais evidentes. Os extremos tocam-se: ambos querem provocar o caos das instituições para poderem ter eles a chance.


Facto é que a corrupção e os interesses partidários têm-se vindo a afirmar nos aparelhos do Estado, encontrando legitimação no interior da democracia. A confiança nas instituições democráticas encontra-se enfraquecida dado a corrupção e favoritismos surgirem já do interior da democracia. O nacionalismo demagógico e o internacionalismo ideológico complementam-se. E depois admiramo-nos do surgir de fenómenos pessoalmente estranhos como Trump!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

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Paulo de Morais

José Sócrates foi dos que mais danos causaram ao país. A sua governação fica marcada por casos de evidente corrupção e pela promiscuidade entre interesses privados e gestão pública. Foi nos seus mandatos que se contratou a maioria das parcerias público-privadas. Neste modelo de negócio, o Governo garantiu aos seus concessionários rentabilidades milionárias a troco de risco… zero! O Estado assumiu todos os riscos e aos privados permitiram-se todos os ganhos. Com as PPP, Sócrates hipotecou as finanças públicas até 2037. Ainda nacionalizou o Banco Português de Negócios, assumindo todos os prejuízos e deixando o património valiosíssimo aos seus antigos donos.
Sócrates foi primeiro-ministro há já mais de dez anos e os casos de corrupção em que esteve envolvido ainda não começaram sequer a ser julgados. Ainda nem sequer se sabe se vai haver julgamento! Que Justiça é esta que nunca chega?

MACON CHAMA A ATENÇÃO PARA O IMPERIALISMO DA TURQUIA

O Presidente francês Macron acusa a Turquia de comportamento bélico para com os seus parceiros da NATO, no Médio Oriente e  no Mediterrâneo! “Noto que a Turquia tem tendências imperialistas na região, disse ele à estação de rádio Al Jazeera.

De facto Erdogan parece querer tornar-se na actual  época do confronto das culturas no novo símbolo do império otomano que dominou o império bizanzino!  O “Sultão” Erdogan pretende continuar a cultura de conquista da Turquia. A religião faz parte essencial da política e é a bandeira que indica o caminho certo dos guerreiros.

É o cinismo que assiste a grande parte da política! Erdogan gostaria de ser o califa dos califas procurando o apoio do islão sunita e de povos túrquicos. Por isso apoia militarmente a guerra contra a Arménia (que os turcos perseguiam já na Idade Média.

Conta com os povos túrquicos que contam com 40 grupos étnicos na Ásia Central e Ocidental, bem como na Sibéria e na Europa Oriental e perfazem 200 milhões de pessoas.

O Panturquismo já vem do século XIX. No início da expansão árabe muitos povos turcos foram convertidos ao Islão e proporcionaram o avanço da cultura árabe no mundo.

A situação complicar-se-á mais, dado a política internacional se continuar a orientar por interesses estratégicos e nacionais; no fim,  quem ganha é que passa a ter razão. O resto comenta!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo