UM ACTO DE CIDADANIA ACTIVA NUMA SOCIEDADE QUE TEIMA EM NÃO ACORDAR

Coloco aqui o link do Livro que recomendo “EU E OS POLÍTICOS” (O livro proibido) de José António Saraiva.

 

Não leiam porque para muitos poderia tornar-se doloroso acordar; é um livro só para quem tem a coragem de se querer tornar consciente da situação que criamos e confirmamos. Certamente já conhecem a sensação que se tem ao regressar-se de um arraial; não leiam o livro para não terem essa sensação e poderem continuar a aplaudir o bailado dos dançarinos da política e a ter a consolação de sentirem o ritmo de uma política que se repete e até parece proveitosa na medida em que proporciona queixumes esporádicos que se tornam no tubo de escape das frustrações pessoais.

“EU E OS POLÍTICOS”  é um livro que mostra o lamaçal da política portuguesa.

Numa dança de Fantoches e Zés Pereiras, de anjos com coração de lobo, para este jardim infantil social que persiste em caminhar sem ver, tudo corre, tudo se repete e tudo passa ao ritmo da hipocrisia ateada que leva a esquecer e a condenar quem é crítico e se encontra mais perto da verdade e da população. Por isso há muitos interessados em fazer calar Saraiva.

 

José António Saraiva é um exemplo de cidadão a tentar contrariar a cidadania passiva que se tornou democraticamente cúmplice com a corrupção instalada no Estado e é tecida e cuidada por grande parte das nossas elites da bancarrota económica e cultural da nossa república.

Seria desejar demais, num país de “brandos costumes”, considerar este livro mais que uma pedrada no “charco da política nacional”. Desmascarar a fantochada feriria o cerne da República portuguesa e arranharia o próprio rosto, numa população que teima em viver só da imagem que tem dele. De certo modo Saraiva torna-se incómodo também para aqueles que defende porque, de cérebro bem lavado, não quer que se desmanchem prazeres numa vida para inglês ver.

Digite ou clique aqui:

file:///C:/Users/Antonio/AppData/Local/Microsoft/Windows/INetCache/Content.Outlook/RKW633O7/Eu_Politicos_Final.pdf

Mais uma onda que passará sem fazer mover a nau de uma certa pseudoelite? Quem vive no Olimpo ri-se de algum Prometeu que será castigado por defender o humano!

Boa leitura

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

 

PASSADIÇOS DO PAIVA EM AROUCA

VISITA AOS PASSADIÇOS DO PAIVA EM AROUCA

Também em Setembro fui visitar os passadiços de Arouca! É sempre uma visita agradável e muita rica em impressões naturais e sociais. A Câmara está de parabéns pelo incremento que tem dado ao projecto dos passadiços. A paisagem queimada a partir de Arouca é triste mas grandiosa e, a caminho, registam-se já passos de uma florestação planeada e organizada.

Quanto aos passadiços ainda há muito a reconstruir e a fazer. Nas reparações e ampliações dos trabalhos deveria ter-se em conta, na delineação do trajecto, a possibilidade de os visitantes tomarem contacto directo com a água, as pedras e as plantas. Seriam necessários acessos ao rio onde os transeuntes pudessem acariciar as árvores e molhar os pés. Seria de desejar que o trajecto fosse menos artificial e tivesse grandes interrupções com caminho natural, aproveitando o que já havia antes e a possibilidade se se ir mais próximo do rio, sem impedimentos artificiais. Não podemos fazer dos passadiços uma autoestrada direccionada onde o povo só active os pés e os olhos. Faltam ainda infraestruturas e estacionamentos para carros.

De uma coisa não gostei: que quem chegue pague dois euros de entrada enquanto quem se regista pela Internet pague um só euro. E isto porque no meu caso, que levava nove acompanhantes, quem pagou a entrada foi uma família amiga que visitei na vila de Arouca; esta, além de nos ter servido um lauto arroz de mariscos preparado pelo anfitrião da casa, adiantou-se pagando a entrada.
Muito obrigado, amigos, obrigado Arouca!

António da Cunha Duarte Justo

O MALTRATO DOS TOUROS E DOS CÃES

As Touradas são Espelhos e Modelos de Vida individual-política-social

António Justo

Num mundo em que a crueldade entre os humanos faz parte da ordem do dia, até parece cinismo erguer-se a voz contra a barbaridade com que se tratam animais em touradas ou contra a bestialidade com que se tratam outros animais.

É triste e de mau gosto a tradição de se terem cães acorrentados junto a casas de pessoas sem vergonha pelo trato indigno que lhes dão.

Também muitas pessoas passam ao lado sem atenderem ao pedido de um carinho ou ao grito de uma oração canina que apenas incomoda quem a ouve ou se torna desapercebida a quem já se habituou ao seu queixar:  http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/oracao-de-cao-1333096

Seria de registar, como indicativo do desenvolvimento de uma sociedade, o grau de sofrimento e na sua maneira como trata os animais.

De facto a maneira de tratar um animal pode dizer muito sobre o caracter de uma pessoa ou sobre a realidade da sua consciência. Seria cinismo condenar-se certas atitudes de violência contra a vida em casa e na escola e ritualizá-las como divertimento e como exemplo em festas sociais.

As Touradas legitimam a guerra contra a inocência da vida

O Vaticano embora respeite as tradições dos povos e as festas populares em torno das suas igrejas e capelas, sempre condenou as corridas de touros apesar de elas oferecerem possibilidades de lucros a nível local.

O primeiro espetáculo de touros registado terá sido no séc. IX na Espanha.

Em Portugal, o padre Manuel Bernardes (1644-1710) condenava as corridas de touros, dizendo: “O jogo de feras foi introdução do demónio, como todas as mais do gentilismo, para que o coração humano perdesse o horror à morte e ao derramamento de sangue humano, e aprendesse a ferocidade de costumes e indómito das paixões”.

O Papa Pio V, em 1567 publicou a Bula “Salute Gregis Dominici” proibindo as corridas de touros e decretando pena de excomunhão imediata a qualquer católico que as permitisse ou participasse nelas. Ordenou igualmente que não fosse dada sepultura eclesiástica aos católicos que pudessem morrer vítimas de qualquer espetáculo taurino. Pio V, considerava estes espectáculos alheios de caridade cristã Cf. http://basta.pt/igreja-catolica-e-touradas/

A igreja na sua perspectiva de inculturação cedeu muitas vezes às necessidades do povo, tendo havido também párocos interessados nestas e noutras festas populares.

Não deveria ser legítimo, em nome da arte, permitir a agressão física e moral contra animais, pessoas ou grupos sociais, nem tão-pouco qualquer interesse político ou económico deveria legitimar ou negligenciar tais atitudes. O facto de um “socialismo” institucional estar interessado em apagar usos e costumes de culturas no sentido do estabelecimento de um igualitarismo universal, não pode constituir argumento para não se obstar à brutalidade expressa nas touradas.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no tempo